segunda-feira, 2 de julho de 2012

The Championships

A grama sagrada do All England Lawn Tennis and Croquet Club já entra um tanto gasta na segunda semana de competição. Mesmo com o descanso proporcionado pelo Middle Sunday, as características da quadra mudam para a segunda semana, mas a probabilidade de zebras não.

Passada a primeira metade do evento, ficaram pelo caminho alguns gigantes dos dois circuitos. Nadal, Venus Williams, e hoje, segunda, Sharapova também deu adeus ao torneio. Wimbledon tem um que de especial, com sua relva verde e rala única em todo o circuito.

Ano que vem tentarei passar in loco essas experiências, mas até o fim da semana, volto aqui comentar um pouco mais desse torneio. Esse post é mais para desenferrujar a escrita, colocar a mão no teclado, e tentar escrever alguma coisa. 

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

Uma andorinha só não faz verão...

É o que dizem os especialistas. No basquete, um time campeão não pode depender de um único jogador. Pelo menos não se pretende ganhar os anéis ao final da temporada.

Todos parecem concordar que os grandes gênios da bola ao cesto necessitam de outros ao seu lado (Jabar-Magic Johnson; O'Neal-Bryant; Garnett-Allen-Pierce), ou, no mínimo, de valiosos coadjuvantes ou, melhor dizendo, colaboradores (Jordan-Pippen-Rodman-Kerr; Bryant-Gasol-Odom-Fischer).

A partida de hoje entre Los Angeles Lakers e Cleveland Cavaliers nos prova isso. As estatísticas, mais ainda.

O desempenho dos coadjuvantes de Los Angeles foi pífio. Gasol, Bynum e Fischer não somaram, juntos, 25 pontos. Ron Artest, o grande reforço da temporada, deixou a quadra com apenas 13.

Já do outro lado, LeBron James (26 pontos) contou com a (calibrada) mão de Mo Willians, que assinalou 28 e sacramentou a vitória da equipe do Leste.

Enquanto o banco de reservas de Cleveland pontuou de 30 vezes, o dos Lakers não ultrapassou a singela marca de 17 pontos.

Nem mesmo os 35 tentos de Kobe Bryant, apesar do vaixo aprovetamento nos arremessos (33%) e dos 4 turnovers, pôde evitar a derrota do time da casa. O melhor jogador de basquete do mundo, aliás, quase nos presenteou com um triple-double natalino.

Os Lakers não podem, em hipótese nenhuma, ficarem dependentes de seu camisa #24, se querem manter o título em Los Angeles. A maior virtude do time, muito embora o desempenho brilhante do craque venha sendo determinante para a equipe, tem sido justamente a saudável distribuição dos pontos e a notável contribuição dos colaboradores do time.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Box Score

Pra quem não teve a oportunidade de assitir ao vivo a partida entre Utah Jazz e Los Angeles Lakers, o Box Score dá um bela idéia do que aconteceu nos Staples Center, na noite (madrugada!) de ontem.

A distribuição de pontos da equipe angelina (5 jogadores com duplo dígito na pontuação) e as atuações de gala de Pau Gasol (19 pts, 12 rbs, 4 ast) e Kobe Bryant (sempre ele! - 27 pts, 6 rbs, 8 ast) indicam a facilidade com que o jogo foi vencido.

Mas o que o Box Score não conta é que o time de Salt Lake City vencia o jogo até os minutos finais do 3o. quarto. Foi aí que entrou em ação Jordan Farmar (até o momento, zerado na pontuação) e encestou, da linha dos 3 e a 3 segundos do final do período, para dar a liderança a se time.

E no último quarto, ele seguiu elétrico, terminando a partida com 11 pontos e roubando sorrateiramente 2 bolas das mãos do adversários.

A supremacia dos Lakers ficou latente no último período, aliás. Após os primeiros 2 pontos do Jazz no quarto, os angelinos assinalaram 19 pontos seguidos. A parcial do período, ao final dos 12 minutos, foi de 28 a 6 para a equipe da casa.

A equipe de P-Jax, "the Zen Master", segue com a melhor campanha da Liga (17-3, 0.850), e tem agora sequência de 10 vitórias seguidas. O título da temporada 2009-2010, pra mim, tem cheiro roxo e amarelo.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Fim da Linha

O último jogo, a última raquete, o último drive de direita se foram. E com eles, um dos grandes tenistas da história recente do esporte.

Marat Safin foi, senão o mais, um dos mais talentosos jogadores dessa geração. Tecnicamente, comparável ao Maior de Todos, Roger Federer, mas, quando se trata do comportamento dentro e fora de quadra, Safin nunca se portou como deveria,

Derrotado numa bela e disoutada partida contra Delpo, Marat encerrou, definitivamente, sua carreira profissional no mundo da ATP, deixando inúmeros fãs, dentre eles este blogueiro.

Se Safin não pôde ficar pra história do tênis mundo do tênis como "um dos maiores" - para o que tinha muito potencial -, guardaremos pra sempre os grandes títulos que conquistou e as brilhantes partidas enfrentadas, mas, acima de tudo, que fiique em nossa memória a irreverência do russo, que sempre cativou os fãs desse nobre esporte.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pontos Corridos

O post de hoje será rapidíssimo, como serão os próximos, porque prometo trazer esse blog, de alguma maneira, de volta à ativa.

O fantasma do mata-mata volta à tona, e ameaça, por pressão da controladora dos direitos televisivos, o inegável sucesso do Campeonato Brasileiro e o futuro do Futebol no País.

Ora, se a rodada 31 do Certame não serve de prova de há tanta emoção e disputa quanto num mata-mata, o equlíbrio dos líderes nas versões 2009 e 2008 há 7 rodadas do final do Campeonato basta. Se esse ano começamos a 32a. rodada com 3 pontos entre Palmeiras (1o. colocado) e Flamengo (5o.), na edição anterior a diferença entre Grêmio (1o.) e Palmeiras (5o.) era de 4.

Um campeonato em pontos corridos, que prima pela regularidade das equipes e que exige a formação de um elenco sólido, estimula a organização dos clubes e os premia com bons resultados. Com a consolidação desse modelo de disputa, mais e mais clubes devem organizar-se, o que fará nada mais do que aumentar a competição pelo título.

O retorno do sistema da mata-mata não se justifica em nenhum aspecto e representaria nada mais que um retrocesso organizacional para o Futebol Brasileiro e um desestímulo à gestão profissional no Esporte.

sábado, 12 de setembro de 2009

MJ

Apesar de inerte por longo período, injustificadamente de minha parte, impossível não se manifestar num dia como hoje, sobre o acontecimento de ontem.

Na marcante noite de 11 de setembro, Michael Jordan, John Stockton e David Robinson, além dos técnicos Jerry Sloan e C. Vivian Stringer, ingressaram no Hall da Fama do Basquete.

Não duvidamos das qualidades dos Coaches, muito menos de John Stockton (maior número de assistências e roubos de bola na históra da NBA) e David "The Admiral" Robinson, mas, à semelhança da noite de ontem, só se pode falar de "His Airness".

Dono de 6 anéis da Liga, conquistados entre 1991-93 e 1996-98 com os Chicago Bulls, "Air" Jordan é, sem dúvida alguma, o maior dentre aqueles que já pisaram numa quadra de basquete. Ainda hoje ele mantém o carreer-record de pontos na temporada regular (30.12/jogo) e nos playoffs (33.4/jogo).

Em 1992, integrou o Dream Team, ao lado de outras grandes estrelas da NBA, que iam, pela primeira vez, à uma Olimpíada, na inconteste conquista da medalha dourada, em Barcelona.

Os prêmios, as conquistas e as estatísticas desse gênio do esporte são tantas que falam por si. Vale lembrar, por curiosidade, que MJ é o único, na história da Liga Profissional Americana, a fazer um triple-double num All-Star Game. Ironicamente, nesta noite do ano de 1997, o MVP da partida foi Glen Rice (que atribui o prêmio à Jordan).

Michael Jordan imortalizou a camisa # 23 dos Bulls e figura, certamente, dentre os maiores esportistas do século XX.

E ontem conseguiu sua vaga na "Class of 2009" do Hall da Fama do Basquete. Mas ele merecia muito mais.

O Céu não é limite pra Ele.

sábado, 5 de setembro de 2009

Jantar a quem?!

Há muito não escrevo aqui. A monografia tem me corroído. Mas diante de tão bela apresentação do escrete Canarinho, não podia deixar de rabiscar umas letras.

A Argentina tentou realmente de tudo. Pressão extracampo, cortar a grama, trocar o estádio, provocar durante a semana. Mas futebol é jogado dentro das quatro linhas, e seguindo os clichês, são onze contra onze.

Jantamos a Argentina.

Não demos chance alguma à equipe de Maradona. Com uma consistência assombrosa, a zaga brasileira foi incrível, mesmo amarelada por quase 70 minutos. Júlio César mais uma vez estava lá quando precisamos e até quando não acreditávamos. Nem ele acreditou, sorriu, como Milito.

André Santos carimbou o passaporte para a África do Sul, e já escreveu seu nome na camisa 6 salvo tremendas complicações. Elano mais uma vez foi muito bem taticamente. Kaká, apesar de não ter sido brilhante, mostrou como se deve jogar pela Seleção brasileira, e Luís Fabiano deixou dois tiros certeiros garantindo nossa classificação para o mundial.

Robinho de fato não foi bem. Maicon, Gilberto e Felipe Melo foram discretos. Adriano, Daniel e Ramires pouco jogaram.

Mas o grupo parece formado, parece unido. Queria ver o Fenômeno aí, mas a cada momento parece mais distante. Dunga incrivelmente consegue de maneira hábil levar a equipe brasileira às vitórias. Depois de inúmeras dificuldades, o time tem um padrão. E nem é tão retranqueiro assim.

Resta saber se a albi-celeste terá forças para vencer no Defensores del Chaco e no Centenário. Quer dizer, isso se não tropeçar em casa (onde será que vão jogar agora? Jujuy? Bombonera? Cementerio de Elefantes? Cilindro de Avellaneda?) frente à 'fortíssima' seleção peruana.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Vai Brasil! [2]

Inacreditável.

Não bastassem os históricos desempenhos dos nadadores brasileiros em Roma, a 1000km dali, os tenistas brasileiros Marcos Daniel e Thomaz Bellucci estão jogando o fino do tênis no saibro suiço de Gstaad.

Ontem, enquanto Felipe França era prata em Roma, Bellucci virava para cima do lucky loser Michael Lammer e Marcos atropelava o 39o. do mundo, Paul-Henri Mathieu, na segunda rodada do torneio suiço.

Já hoje, após o recorde mundial de César Cielo na no Foro Itálico, os tenistas brasileiros fizeram duas belas partidas na Roy Emerson Arena. Marcos Daniel bateu o francês Julien Benneteau por 2 a 0, com parciais de 6-3 7-6 (8).

Thomaz Bellucci foi melhor ainda: venceu o cabeça-de-chave número 1 do torneio, e 18o. do mundo, o suiço Stanislas Wawrinka, com um duplo 6-4.

Se amanhã poderemos continuar nossa torcida pelos nadadores em Roma, o mesmo poderemos fazer com os tenistas no ATP 250 de Gstaad. Nas quartas-de-finais, Marcos Daniel e Thomaz Bellucci enfrentarão, respectivamente, Nicolas Kiefer e Florent Serra.

Curiosamente, as piscinas do Mundial de Desportos Aquáticos estão instaladas sobre o saibro do Foro Itálico, onde Guga consagrou-se o Rei de Roma.

Vai Brasil!

Quarta e quinta-feira especiais para o Brasil, em Roma.

Se ontem Felipe França conquistou o vice-campeão mundial dos 50m peito, com o tempo de 26s76 (!), a apenas 9 centésimos do recordista mundial Cameron Van der Burgh; emocionou o País ao ajoelhar e chorar no pódio; e entrou para a história da natação brasileira como o primeiro medalhista em mundiais no estilo peito, hoje quem fez história no Foro Itálico foi César Cielo.

Cesão, como é conhecido entre os amigos, sagrou-se hoje Campione del Mondo nos 100m livre e baixou em 14 centésimos antigo recorde mundial, do australiano Eamon Sullivan (47s05). Muito mais do que a melhor marca da história na prova, Cielo foi o primeiro a nadar a distância em menos de 47s.

Até mesmo Michael Phelps admitiu que ao ver César Cielo nadar sabia que nem ele nem ninguém conseguiria bater o brasileiro.

Atual campeão olímpico dos 50m livre, o ouro olímpico foi conquistado após a medalha de bronze nos 100m. Do que será que Cesão é capaz 50m livre após título e recorde mundial dos 100m?

As eliminatórias dos 50m começam amanhã e nossa torcida pelo Brasil, por Cesão continuam.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Lendário.... Simplesmente assim

Lendas geralmente se tornam lendas depois que morrem. Depois que param de fazer o que mais sabem, o que com perfeição sabem fazer. Hitchcock é um lendário Diretor, que fez suspenses como ninguém. Ayrton Senna foi um piloto lendário de F1; infelizmente se foi a bordo de um dos bólidos que sempre amou dirigir. Pelé é uma lenda do futebol, pois depois que parou, ninguém mais conseguiu fazer tanta diferença no jogo como ele. Franklin Roosevelt ganhou status de lenda pois elevou o quase quebrado Estados Unidos à uma potência nuclear vencedora da segunda guerra.

Dia 23 de agosto, presenciaremos uma lenda em ação.

Contrariando muitas expectativas, a Ferrari anunciou hoje que o multicampeão e recordista Michael Schumacher substituirá Felipe Massa na corrida pelas ruas de Valência, na Espanha. O Grande Prêmio da Europa, que está perdendo Alonso pela suspensão da Renault, ganha uma lenda.

Schumi definitivamente não tem nada a perder. Gosta de correr, é competitivo e a Ferrari demonstra sinais de que está evoluindo no certame. Numa pista de rua, com slicks, KERS e o caramba a quatro, o alemão dará trabalho. E se não der, quem liga. Ele não tem um currículo a manchar. O currículo é grande e bom demais para isso.

Ele vai se divertir, incomodar os novatos, incomodar Kimi (esse sim, tem de andar na frente de Schumi; está com ritmo de corrida, conhece o carro, a pista, os adversários, o KERS... ainda que não esteja com o menor ânimo, tem que ganhar do heptacampeão), dará a entrevista coletiva da sexta, tentará correr com pouca gasolina se vir que não dá para ganhar, ao menos para fazer a pole.

Dará um show.

Substituirá Felipe da forma que o brasileiro merece!

Welcome back, Michael.

Um se foi, o outro está de volta!