Pitacos

Roland Garros
Porteira aberta para Roger Federer. O suíço, além de virtual campeão do torneio, vê a possibilidade de diminuir a diferença de Nadal na liderança do ranking da ATP.

MLB
Se depender do que apresentou o jogo de hoje, os Cubs continuarão na maior seca dos esportes americanos. Ainda na 3a. entrada, os Dodgers já tem frente de 6 a 0. E o time de Chicago não parece ter forças para reagir, ainda mais diante da sólida defesa dos Angelinos nessa noite.

Brasileirão
O Inter continua 100% e já se credencia como o maior candidato ao título.
O Vitória continua surpreendente e segue atrás do time de Porto Alegre, na 2a. colocação.
O São Paulo, e Muricy, surpreendeu(eram) o Cruzeiro com escalação inovadora e fez, possivelmente, o melhor jogo da equipe no ano. Impôs um belo 3 a 0, com gols de Washington, (Drog)Borges e Dagoberto.
O Santos ganhou o clássico paulista da rodada. Paulo Henrique, o Ganso, em exibição de gala, marcou duas vezes e o baixinho Mádson fez o terceiro.
O Porco parecia ter tudo sobre controle, no dia em que Obina retomou o caminho das redes e Keirrisson fez golaço, mas resolveu entregar o empate de bandeja para o Barueri. Pedrão é um predestinado a fazer gols, daqueles caras que nasceram para fazer gols até sentado.

Brasileirinho
O V(B)asco poupou parte do elenco para o confronto da Copa do Brasil e caiu diante do Paraná Clube, em Curitiba. Com o resultado, foi deixado para trás pelo Ipatinga, que tem 4 gols-pró e um gol de saldo a mais.
E só o Bugre segue 100%! Com gol já nos acréscimos, o time de Campinas desempatou a peleja e seguiu absoluto para a liderança.

Indefesos

Certamente não é a palavra mais apropriada para mote desse post. Descreve, porém, como esteve Rafael Nadal em quadra, hoje.

El Toro sucumbiu à tática agressiva de Soderling (incríveis 61 winners e 59 erros não forçados) e, surpreendentemente, caiu na 4a. rodada (!) de Roland Garros, por 3-1.

Igualmente, Ana Ivanovic, em sets direitos, foi eliminada pela ascedente Viktoria Azarenka.

Mas como disse, o título não é o melhor para falar da defesa dos pontos do torneio. Com a falha dos atuais campeões em defender seus pontos, haverá novidades nos rankings. Principalmente na WTA.

Com a derrota, Ivanovic pode cair fora do Top 10 e uma vitória de Serena pode recolocá-la no topo. Azarenka continuará seu caminho ascendente e deve aproximar-se, perigosamente, do top 10. E Safina pode abrir vantagem sobre a americana se conquistar o seu primeiro Slam.

Já na ATP, a grande consequência é a abertura de caminho para Federer rumo à retomada do 1o. posto. Isso se o Mago suiço se sagrar campeão do único Grand Slam que lhe falta. Soderling, por outro lado, ganhará algumas posições. Prestígio e vingança, já teve.

O Aberto de Paris 2009, dentre os últimos 4, será o pior desempenho para os defensores do título.

Apocalipse?

Guarani 100% (me desculpem, eu falarei bastante de série B)??? Nadal fora de Roland Garros???

Não, não quero comparar meu modesto time ao Touro Miúra.

Nadal evidentemente não jogou o melhor de seu tênis. Foi largamente incomodado pelo sueco, que conseguiu o que nenhum homem conseguira no saibro - bater Rafa num jogo melhor de 5 sets.

Nadal havia ganho seus 48 (!) jogos no saibro em 5 sets até essa fatídica partida na Philippe Chatrier. Ganhara suas últimas 31 partidas em Roland Garros.

Mas perdeu.

Perdeu porque o esporte é assim. Se ganha, se perde. Não adianta, ninguém ganha sempre. É bom para o esporte a alternância nas vitórias, aumenta-se inclusive o nível dele. Fernando Meligeni disse bem em seu blog, que o anormal seria encontrar Djoko, Rafa e Roger nas semis do Aberto da França de novo.

De fato.

Mas não podemos negar que é também anormal que Rafa perca um jogo nas oitavas de final do grand slam saibrista (aliás, até hoje não entendo porque é chamado de 4a rodada pelos órgãos oficiais).

Restou a Federer a porteira aberta. Vamos ver como o suíço, ora desacreditado lida com esse tipo de pressão. Poderá ter Tsonga, Monfils ou Del Potro pela frente. Torço por ele!

Mas agora vou ver a Sharapova.

Acabaram

As finais de Conferência da NBA chegaram, hoje, ao final. Quer dizer, às Finais!

Já escrevi sobre a Ansiedade que afeta os fanáticos nesses momentos, que tanto querem conhecer os finalistas.

E nesse final-de-semana, já são conhecidos:

Os Lakers, do lado Oeste, e o Magic, do lado Leste.

Um embate de duas gigantes equipes! De Hollywood, o time de Kobe Bryant, MVP moral da temporada, e de Phil Jackson, dono de 6 anéis da Liga. Da Disney, os comandados de Stan "o Motivador" van Gundy, ou o time de Dwight Howard, o Superman.

O Magic se mostrou muito mais TIME, nesses playoffs. Uma equipe deveras equilibrada, com ótima variação de jogo. O Orlando, ainda, revelou poder contar com o francês Pietrus, que subiu demais de produção na pós-temporada.

Do outro lado, um time experiente! Desde o banco até a quadra. Phil Jackson tem currículo invejável. Assim como Kobe Bryant.

Este, aliás, que modificou para melhor seu jogo nos últimos anos, e promete liderar os Lakers rumo a mais 1 título da NBA. Isso se Gasol e Odom não amarelarem novamente, como aconteceu contra os Celtics na última temporada (dúvido, aliás, que isso aconteça).

Dá-lhe Lakers!

Por azar nosso, nenhuma das séries chegou ao sétimo jogo e as Finais só começaram durante a semana. Não que os jogos não tenham sido ESPETACULARES, mas nos contentaremos com a MLB nesse domingo....

No mundo do Tênis

As surpresas ficaram para as eliminações de Wawrinka, Ferrer, Simon e Venus Williams.

O suiço perdeu para o Nikolay Davydenko, por 3x1. Não por perder para o russo simplesmente, mas pelas respectivaa fases. Wawrinka vinha subindo de produção neste ano, enquanto o russo já não é mais aquele jogador que foi 4o. no ranking da ATP.

Ferrer, espanhol e especialista no saibro (hoje, já não são sinônimos, apesar de Nadal), foi eliminado por Robin Soderling. Ferrer é muito mais jogador que o sueco, mas não consegui manter o nível de jogo e de concentração após a vitória no 1o. set.

Simon, tenista da casa, conta com o apoio da torcida. Mas isso não foi suficienta para impedir o romeno Hanescu de eliminá-lo em sets direito. O francês deve satisfações a seus compatriotas sobre essa derrota.

Porém a grande surpresa do dia ficou para a derrota de Venus Williams contra a húngara Agnes Szavay, com direito a pneu. A irmã de Serena já não apresenta mais o tênis que lhe consagrou há bastante tempo.

Tivemos também belos jogos durante o dia, senão pelo nível técnico, pela presenças das musas do tênis em quadra.

Maria Sharapova, com bandagens no ombro direito, virou para cima de Shvedova, do Casaquistão, e segue viva no torneio após outra partida dura. Ainda fora de ritmo, a russa não apresentou tênis para passar das quartas-de-final.

Ana Ivanovic segue arrasadora, das adversárias e de corações. Em belo modelito combinando perfeitamente com os olhos, a sérvia passou hoje pela checa Benesova, aplicando um pneu no 1o. set. A atual campeã do Aberto de Paris ainda não perdeu nenhum set no torneio. Pega no domingo a vencedora de Azarenka e Suarez Navarro.

Hoje tem Federer em quadra, contra o francês Mathieu. Promessa de bom jogo.

Kobe Doin' Work

Esse é o nome do documentário dirigido por Spike Lee sobre o # 24 dos Lakers, o primeiro de uma série de 30 em comemoração ao trigésimo aniversário da ESPN americana.

Deve ser um belo filme, apesar do Diretor ser declaradamente torcedor dos Knicks. Por falar em Spike Lee, ele esteve no Staples Center para acompanhar um dos jogos da série contra o Denver Nuggets.

Trata-se de um dia na vida dee Kobe Bryant. Não um dia qualquer, um dia de jogo. De jogo importante na temporada, contra o San Antonio Spurs.

O documentário de cerca de 90 minutos mostra Kobe, dentro e fora de quadra, num dos jogos mais importantes da regular season. Spike Lee teve total acesso para as filmagens, contou com mais de 30 câmeras durante a noite e ainda gravou KB noite a dentro.

Imperdível para os fãs dos Lakers e de Kobe Bryant, a ESPN brasileira transmitirá o documentário neste sábado, às 19h30.

Quem assistiu o jogo de hoje entre Lakers e Nuggets, pode ter certeza que Kobe fez o trabalho. Em noite inspirada, cravou 35 pontos e atingiu um double-double com 10 assistências. Pegou ainda 6 rebotes e foi, certamente, o melhor homem em quadra.

Kobe envolveu seus companheiros e os fez jogar, mais uma vez. Se no jogo 5 da série "deu aula", segundo Sormani, hoje Kobe ministrou uma palestra. Vejam os números: Gasol e Odom deixaram 20 pontos e Ariza mais 17.

Os Lakers ainda foram perfeitos nos 24 lances livres cobrados, dos quais Kobe encestou 9.

Com Kobe em noite memorável, noite de maestro, os Lakers fecharam a série contra o Denver e garantiram a vaga nas Finais.

Para levar o caneco esse ano, os Lakers só precisam fazer Bynum e Fischer jogarem. O pivô, principalmente, que não teve boas atuações desde o retorno do departamente médico, como vinha fazendo no início da temporada regular.

Lição de Casa

Os Lagueiros fizeram a lição de casa nessa noite.

O jogo foi espelho da série, que podemos resumir em uma única palavra: equilíbrio. Nos três primeiros quartos, foi exatamente essa a tônica do jogo. Não à toa, todos terminaram com o placar empatado.

No derradeiro, a história foi outra. Kobe Bryant costuma mesmo jogar seu melhor basquete no último quarto, no qual já comadou históricas viradas.

Porém, dessa vez, a história foi outra mesmo: Lamar Odom e Pau Gasol comeram a bola. Não que KB não tenha aparecido para jogo, afinal fez 22 pontos e ainda deu 8 assitências. Mas é que ele não se destacou na noite por uma alta pontuação, como de costume.

Odom, pontuando da linha dos 3, de dentro do garrafão, de média distância, em contra-ataques, esteve impossível de ser marcado. Além disso, pegou 14 rebotes e barrou 4 arremessos adversários. Tudo isso vindo do banco.

E Gasol dominava o garrafão. Marcou 14 pontos, todos muito próximo do aro, e, junto com Odom, somou 24 rebotes. Distribuiu, ainda, 5 tocassos (2 nos últimos 5 minutos de jogo).

Com uma grande atuação desses 2 jogadores no final do jogo, os Lakers garantiram a vitória em casa e empurraram toda a pressão para os Nuggets.

Próximo jogo, sexta-feira, @ Denver. O time da casa tem a responsabilidade de vencer para levar a série de volta à Los Angeles. É bom alguém colaborar com Carmelo se pretendem manter as esperanças de chegar às Finais.

Infernal

Infernal é a palavra de hoje.

Pelo menos para descrever o desempenho do Orlando Magic hoje, da linha de três (44,7%).

Rafer Alston foi matador. Encestou 6-12 de longa distância, comandou a reação dos Mickeys no 2o. tempo e incomodou, MUITO, a defesa dos Cavs. Certamente, os torcedores de LeBron, lá em Ohio, o mandaram alguma vezes para o inferno.

Mas Pietrus (que jogo do francês!), Turkoglu, Lee, Johnson e Lewis arremessaram com precisão da linha dos 3. Não foi à toa o aproveitamento do time: desses 5 jogadores, 3 estiveram acertaram mais de 40% nos tiros de 3 pontos.

Falemos de Rashard Lewis, que na hora da decisão encestou 3 lindos pontos a favor do Orlando, em bela jogada criada por vun Gundy (será!?).

Dwight Howard também esteve infernal. Fez novamente um double-double (27 pontos, 14 rebotes) e dominou o garrafão ofensivo. Nem Ilgauskas nem Varejão puderam pará-lo. Na prorrogação foi decisivo pontuando e bloqueando LBJ (a péssima arbitragem da NBA deu bola presa no lance!) quando contávamos menos de 60 segundos no cronômetro. Além disso, foi o 2o. jogador com maior tempo em quadra, com apenas 18 segundos a menos que King James.

O Orlando Magic abriu 3-1 na série e deu grande passo rumo às Finais. Agora o Cleveland não pode mais perder na série. Aliás, terá de voltar à Orlando e vencer se quiser conquistar o título da Conferência e a vaga nas Finais.

Uma tarefa um tanto infernal para o time de LeBron James, não?

Sossego

Já era hora da NBA diminuir o ritmo. Era incrível a marca de 5 em 5 jogos INACREDITÁVEIS.

Tão inacreditável que outros 2 jogos do mesmo nível não aconteceram. Nada mais que normal. Caso tivessem acontecido, certamente o nível de enfartos em Los Angeles, Denver, Cleveland e Orlando teriam aumentado vertiginosamente.

Mas todos merececiam um sossego, principalmente os jogadores, nessa maratona de jogos que enfrentam. Alguns deles já ultrapassaram a marca de 100 jogos num única temporada.

De qualquer maneira, já tivemos tempo suficiente para abaixar os animos e diminuir os batimentos cardíacos.

Que os próximos jogos venham em ritmo alucinante, decidos nos últimos 30 segundos, quando não no derradeiro.

Vai Lakers! Vai Orlando!

Ansiedade

As Finais da NBA sempre causam ansiedade. Há quem não fique curioso para saber quem serão os campeões de cada Conferência?

Normalmente, torcemos para que as finais do Leste e do Oeste cheguem logo ao fim para que possamos assitir ao tão esperado confronto. Ainda mais quando nosso time de coração está envolvido na disputa... aí até torcemos para uma varrida.

Só que os playoffs dessa temporada estão ESPETACULARES! Cada dia ficamos mais ansiosos pelo jogo do dia seguinte.

Falo isso por que hoje, após a vitória do nosso Lakers, já estou me contorcendo no sofá, pedindo para o relógio acelerar até o horário de LeBron @ Disney, amanhã às 21h30 de Brasília.

E ontem mesmo, depois 5 minutos viajando junto com a bola de LBJ, já não me aguentava para ver o time de Phil Jackson enfrentar o Denver, lá no Colorado.

É, dessa vez as Finais vão ter que esperar: que venha o jogo de amanhã e depois mais 8!

Simples assim...

Quando Pau Gasol resolve jogar, os Lakers tem tudo para vencer qualquer adversário, em qualquer ginásio.

Hoje, com um double-double (20 pontos, 11 rebotes), foi ótimo parceiro pra Kobe, que anotou outros 41. Juntos, fizeram mais da metade dos 103 pontos do time da Califórnia.

Além disso, contaram com nova jogada decisiva de Ariza, que interceptou outro passe no momento crucial da partida. O dominicano ainda adicionaria mais 16 pontos para os Lakers.

Com a derrota de quinta-feira paga na mesma moeda, a vitória dos Angelinos no lotado Pepsi Center lhes devolve a vantagem da melhor classificação na regular season. Agora, o time de Kobe depende apenas de si e de sua casa, o Staples Center, para chegar às finais.

Mas eu não me surpreenderia com outra vitória dos comandados de P-Jax no Colorado.

Não mesmo. Não nos playoffs dessa temporada.

ps: a Sports Illustrated já ganhou mais trabalho. Há! Ao final dessas séries o Top 25 "Unforgettable Series" já deverá ser atualizado.

Roland Garros II

Há apenas 1 dia e algumas horas do início do segundo Grand Slam do ano, surge a notícia de projeto para expansão do complexo tenístico de Paris.

Trata-se de projeto elaborado pelo arquiteto Marc Mimram, que prevê a construção de 2 novas quadras para treinamento e 1 novo estádio, com teto retrátil, para quase 15.000 espectadores.

As obras começariam em 2011 e seriam finalizadas em 2013.

Para quem já passeou pelo tranquilo Bois de Boulogne, a expansão do complexo incremetaria a região, dando-lhe nova cara. Além disso, o projeto conta ainda com um visual moderno e jardins ao redor do estádio, mantendo o ambiente natural do bairro.

A dúvida que paira, porém, é o nome que se dará à nova quadra de Roland Garros. Na minha opinião: Court Rafael Nadal.

Unbelievable Game, Unbelievable Shot...

Quando ainda lembrávamos do jogo de ontem em LA, da vitória dos Nuggets fora de casa decidida nos últimos segundos do jogo, quando os torcedores dos Cavs ainda remoiam a derrota de quarta-feira, a sorte nos presenteou com mais um INACREDITÁVEL jogo nas Finais de Conferência da NBA.

A história parecia se repetir em Ohio: primeiro tempo avasalador dos LeBrons. A vantagem chegou a 23 pontos e o Orlando não parecia ter forças para reagir. Até mesmo Dwight Howard não vinha sendo eficiente.

Mas o intervalo veio e o chacoalhão do Super Mário, aka Stan van Gundy, fez, de novo, o time acordar. Rashard Lewis e Turkoglu produziram o que se espera deles e o francês Mickael Pietrus, novamente, surpreendeu! E os Magics tiraram a diferença. Com o cronômetro quase zerado, passaram a frente no placar com bela jogada do Turco(glu). Decepção apenas para o desempenho do Superman, que apesar do double-double, não fez mais que 10 pontos.

A expressão dos torcedores de Cleveland era de desespero e as imagens de quarta-feira não hesitaram em retornar as suas cabeças.

Só que dessa vez o MVP recebeu o laranjão com 1.0 no cronômetro e desferiu um fatal winning shot, INACREDITÁVEL, da linha dos três, para impor aos Mickeys o placar de 96-95.

Pelo quarto dia seguido os deuses da NBA uma partida para guardar na memória.

De longe, esses são os melhores playoffs dos últimos anos!

Philippe Chatrier

Esse foi um bom tenista francês. Depois virou Presidente da Federação Francesa de tênis. Mas desde 2001 virou sinônimo de um grande palco, quando o então Stade de Roland Garros (a quadra central do complexo tenístico francês) se tornou Court Philippe Chatrier.

Um grande palco no qual poderemos ter em duas semanas a confirmação de um mito ou de uma lenda.

Um mito, ao menos no saibro. Que nunca perdeu um único jogo de 5 sets neste piso. Incluem-se aí todas as partidas que jogou no Aberto da França, todas as partidas jogadas por ele no saibro na Copa Davis, mais as finais de Stuttgart, Monte Carlo e Roma quando essas eram em 5 sets.

Uma lenda, que pode levar o Grand Slam, se tornar o sexto tenista a atingir brilhante marca, e calar os críticos, que não entendem que ele segue com um nível altíssimo de jogo.

Esperemos.

Série Brasil

Vou escrever enquanto o alviverde de Campinas ainda é líder.

O Guarani é um exemplo de como tudo que é sempre feito errado pode vir a dar certo em um momento. Depois da penumbra do rebaixamento do Campeonato Paulista, o Bugre ao menos demonstra sinais de recuperação na Série Brasil (by Juca Kfouri).

Muito devido ao treinador Vadão, que entendedor de futebol que é, vem dando ao menos padrão de jogo à equipe bugrina. Muito também, devido ao Presidente Leonel, que segurou aqui e ali as péssimas finanças do Guarani para contratar o idealizador do Carrossel Caipira.

Tomara que dê certo, há muito o futebol de Campinas precisa de equipes fortes nos campeonatos que disputa. Um não basta, a paixão que envolve a cidade é fervorosa demais para a segunda divisão.

Joguinho e Jogões

A 4a. feira foi um dia repleto de esporte. À tarde, a final da Copa da UEFA (futura Liga Europa, a partir de 2009/10). À noite, 4 jogos pela Copa do Brasil. Invadindo a madrugada (sim, eu sei, em VT), o 1o. jogo da final da NBA East Conference.

Shakhtar Donetsk (UKR) x Werder Bremen (ALE) - o Joguinho

Que joguinho! A tarde começou insosa, sem grandes emoções, com a partida que deu o 1o. título europeu a um time ucraniano.

Numa falha da zaga alemã, Luiz Adriano abriu o placar com bela finalização encobrindo o goleiro (ainda acho que o goleirão Wiese podia ter feito a defesa. A bola passa exatamente onde estava - e deveria ter continuado - sua cabeça). Na outra meta, frangasso de Pyatov após o petardo desferido por Naldo lá do meio da rua (goleiro nenhum não espalmaria aquele chute para fora).

Com o empate: PRORROGAÇÃO. Nos 30 minutos suplementares, nada de suspreendente, também. Em lance de ultrapassagem, Jádson recebeu cruzamento rasteiro e pegou de primeira para marcar o 2 a 1. O Werder, sem criatividade, usava dos lancamentos longos em direção a Pizarro e abusava das bolas alçadas na área para tentar reagir, mas nada conseguiu.

Copa do Brasil - Jogões e Joguinhos

No Barradão, Vitória e Vasco cumpriram tabela e fizeram outro joguinho do dia, que começou surpreendente com um tirambaço de Neto Baiano, e terminou tão chato quanto Shakhtar x Werder. O grande lançe da partida foi, de fato, a cuspida de artilheiro baiano em Ramóm, que lhe rendeu um cartão vermelho. O Vasco já estava classificado desde os 4x0 em São Januário.

No Couto Pereira, o Coxa precisou aguentar a pressão da Macaca durante 86 minutos até que, num cruzamento despretensioso de Marcelinho Paraíba, o argentino Nahuelpan achou uma cabeçada, indefensável para Aranha. Joguinho! Coritiba classificado.

No Maraca, o Corinthians começou fulminante e, com 20 minutos, já tinha 2x0 e a classificação no bolso. O time de Parreira, por mais estranho que soe aos ouvidos, foi aguerrido. Partiu pra cima do Alvi-negro, empatou a peleja, mas por ali ficou. Por certos instantes a torcida Tricolor teve falsas esperanças de um final feliz, mas tornou a ir para casa decepcionada. Jogão! Corinthians passa e tem pela frente o Vasco.

No Beira-Rio, o Jogão do dia: o Fla, com um empate em 1x1 estava classificado até os 44 minutos do 2o. tempo! Mas aí Andrézinho, bateu cheio de veneno na bola e matou o goleiro Bruno. 2x1, classificação Colorada na raça e no coração.

Cleveland Cavaliers x Orlando Magic - JOGÃO!

King James fez de tudo, mas seus companheiros não o ajudaram. Com 49 pontos, sua maior pontuação em playoffs, LBJ levou o time nas costas no fim do jogo, mas não foi suficiente. O Magic já acordara e, numa ESPETACULAR recuperação, num jogo que, se visto pelo 1o. tempo e, especialmente, pelo 1o. quarto, estava perdido.

Até o final dos primeiros 24 minutos, o Superman, Dwight Howard estava sozinho em quadra. Rashard Lewis não era agressivo, Turkoglu era descalibrado e Rafer Alston não organizava o time como deveria.

E tudo parecia estar contra o time da Flórida: Mo Williams, no último lance do 1o. tempo, encestou de dentro de sua linha de 3!

Mas aí Stan Van Gundy fez milagre e consertou o time no intervalo. Lewis começou a pontuar e Turkoglu voltou dos vestiários mortal dos 3 pontos.

O jogo, então, passou a ser entre Orlando Magic e LeBron James (que não errava!). No último lance do jogo, uma bola presa com 1.0 no cronômetro que quase terminou com uma cesta de Mo Williams para a vitória.

O MVP da temporada regular saiu mancando, reclamando de dores na coxa direita e mal coseguia andar sozinho.

JOGASSO!

102-105. Que Jogo!

Que jogasso! os Lakers e os Nuggets protagonizaram um belo duelo madrugada (de Brasília) a dentro.

O time do Colorado começou fulminante, abrindo, de cara, 10 pontos sobre os Angelinos, ainda no 1o. quarto. E Melo estava on fire!

Só que os Nuggets deixaram Kobe entrar em jogo (e gostar dele). Ao final do 2o. quarto, Kobe já tinha 18 dos 40 pontos que anotaria.

E por falar em final do 2o. quarto, Fischer encestou seus primeiros 3 pontos num belo buzzer para virar o jogo a favor do time da casa e ir para os vestiários cheio de moral.

Mas Carmelo Anthony voltou para a 2a. metade com tudo. O # 15 de Denver pontuava de todos os lugares da quadra e todas as distâncias. Mas seu ímpeto se esgotou para o 4o. período.

Aliás, o último quarto foi todo de Kobe Bryant, como de costume. 16 pontos, todos na hora da decisão! Os últimos 2 em lances livres com 10 segundos restantes do cronômetro.

Antes desses pontos, porém, a jogada da partida: O dominicano Trevor Ariza, à la Asante Samuel ou Troy "The Flying Hawaiian" Polamalu, interceptou uma reposição de lateral de Anthony Carter e correu pra o touchdown, quer dizer, pra vitória.

Num jogo que parecia do Denver de Carmelo, com 39 pontos e aproveitamento de 70%, mas que foi dos Lakers de Kobe Bryant, 40 pontos (16 no último quarto), quem ganhou a partida foi Trevor Ariza, com uma espetacular roubada de bola restando 29.1 segundos.

Merecimento

Um blog que fala de esportes merece um post sobre Roger Federer. Ou melhor, Roger Federer merece um post em qualquer blog que se pretenda esportivo. Ah! Não sei, na verdade.

Sei que, porém, Federer merecia, precisava de uma vitória sobre Nadal. Mesmo que ela não signifique muito no retrospecto entre os tenistas (vantagem do espanhol, 13-7) e quase nada nos prognósticos, o suiço renasceu o título em Madrid.

Não por ser o primeiro do ano, mas justamente por ser sobre o arqui-rival que lhe tem tanto incomodado em todos os pisos.

A conquista do suíço em Madrid não mudará o palpite de comentarista nenhum para Roland Garros, e nem mesmo do amantes do tênis. Até os mais fervorosos fãs de Federer sabem qual o provável, muito provável resultado do Aberto de Paris. A vitória no último Masters 1000 não os pode cegar, como já aconteceu.

Rafael Nadal é absoluto no saibro, nunca perdeu uma partida de 5 sets jogando na terra batida. É, talvez, o maior jogador que já passou por essa superfície e, com certeza, um dos maiores que já passou pelo tênis: seu nome certamente já figura junto aos de Bjorn Börg, John McEnroe, Guillermo Villas, Mats Willander, Jim Courier, Pete Sampras, Andre Agassi, Roger Federer.

Sim, Federer é um dos maiores tenistas da história! Repito, da história. História para a qual renasceu domingo, dia que merece ser largamente comentado pela importância que teve (tem).

Por mais que Nadal, claramente, não tenha jogado seu jogo, Federer conseguiu impor o seu (talvez por isso, em tempos, o espanhol não tenha conseguido jogar contra o suíço) e levou o campeonato, sem emoções, sem as oscilações que lhe tiraram vitórias das mãos anteriormente.

Inacreditável, improvável, inconcebível que seja, que em Roland Garros se repita o resultado de Madrid, com o suíço campeão do último Grand Slam que lhe falta.

Ele merece.

Formula 1?

Não adianta, o tempo passa e a principal categoria do automobilismo mundial se esforça em manter os holofotes para fora das pistas. O teto proposto por Max e Bernie já foi largamente rechaçado pelas principais escuderias, que vendo a bizarra possibilidade de um campeonato com dois tipos distintos de carros, disseram que sairiam.

Não. Não é normal colocar um teto de 40mi de libras esterlinas, e para aqueles que passarem desse orçamento, restringir diversos pontos da evolução do carro. Não é normal. O teto até pode ser considerado uma medida justa, mas que então ele consiga congregar os interesses de todos os times. Se para a Ferrari está baixo, que se aumente.

O que não pode acontecer é privilegiar tanto assim aqueles que gastarem menos. Disse Flavio Gomes em seu blog “se um difusorzinho de merda faz tanta diferença, imagine uma asa flexível?”. Isso é a mais pura verdade.

A reunião entre os construtores, a FIA e o Bernie decidirá os reais rumos daquilo que se denomina F1. Eu realmente não me surpreenderia com a saída da Ferrari.

Em tempo. Rubens pode realmente ter sido prejudicado na corrida da Espanha. Até concordo com o fato de que a Brawn é um time, e que tudo deveria ser passado para todos ao longo da corrida, com o objetivo de conseguir o melhor resultado para toda a equipe. Mas Barrichello tinha que ter feito sua parte, e voado quando estava leve e com pneus macios.

Não o fez.

Chegou em segundo.

Notas Madrilenhas

Pelo bom feedback recebido, manterei o formato do post, com diversas notas rápidas. Hoje, no entanto, todas trarão informações sobre o torneio da vez no mundo do tênis, o Masters 1000 Madrid Open.

Vamos a elas:

Nadal
Passou fácil pelo austríaco Jurgen Melzer. Assinou placar de 6/3 e 6/1 em apenas 2 horas e 4 minutos. Azar do 35o. colocado do ranking, Phillip Kohlschreiber, próximo adversário de "El Toro" na Caja Magica. O alemão não deverá ter muita diversão em quadra: na terra batida, NUNCA ganhou mais de 6 games contra o espanhol.

Federer
Também sem emoções, passou por Soderling com parciais de 6/1 e 7/5, e já nas oitavas cruza com o americano James Blake (cabeça-de-chave 14). Promessa de jogão, como sempre, entre os dois, apesar da freguesia de Blake. Federer deve estar com a derrota de Pequim ainda entalada na garganta. Desde esse jogo, não se enfrentam: no ATP de Paris 2008, quando se pegariam, Federer abandonou o campeonato.

Djokovic
Embalado por um título conquistado, literalmente, em casa, Djoko ainda não encontrou oponentes à altura nesse torneio. E ainda não pegará. Nas oitavas: seu adversário será o italiano Seppi. Caso a Caixa Mágica não nos guarde nenhuma surpresa, já nas quartas o croata deverá cruzar com Gilles Simon, e aí sim teremos uma disputa mais emocionante sobre o saibro madrilenho.

Murray
O britânico (ou escocês!?) vem de vitória de 7/6(9) e 6/4 sobre Bolelli e enfrenta Robredo nas quartas. O espanhol tem jogo sólido no saibro, e gosta de trocas longas. Murray, por outro lado, encontra nesta superfície seu pior jogo, o que o coloca muito próximo de Tommy Robredo. Para mim, será o jogo do dia, com leve, muito leve, favoritismo para o 4o. do mundo.

Del Potro
O argentino, que ganhou de Berdych, cruza com o suiço Wawrinka, que vem de vitória sobre Chardy. Outro jogo que será imperdível pelo nível de tênis que ambos vêm apresentando. Apesar da vitória sobre o compatriota, e 2o. colocado no ranking da ATP, Roger Federer, Wawrinka não é favorito. A força de Del Potro deve prevalecer.

Roddick
Ganhou em 3 sets de Haas e agora pega Davydenko. Carrego inexplicável antipatia pelo americano, que nunca me agradou. Nem pelo tênis, nem pelo estilo, muito menos pelo "máscara" que ostenta. E, por isso, torço pelo russo, que, infelizmente, não atravessa sua melhor fase, quando passaria facilmente por Roddick.

Surpresas
As surpresas do torneio ficam por conta de Ivan Ljubicic, Juan Monaco e Phillip Kohlschreiber, quer derrotaram, respectivamente, Jo-Wilfried Tsonga (cabeça 9), Juan Monaco (12) e Mario Cilic (13).
Não devem ir muito mais longe se a lógica se manitiver: Ljubicic pega Simon, Monaco cruza com Verdasco e Kohlschreiber ninguém menos que Nadal.

WTA Masters 1000 Madrid Open
Seguem na competição as russas Safina e Dushevina, as francesas Schnyder e Mauresmo e sérvia Janckovic. As surpresas ficam pelas eliminações precoces de Serena e Venus Willians, Kuznetsova, Dementieva

Bandeiradas

Hoje um post diferente (pelo menos dentre os meus), que abordará, rapidamente, vários acontecimentos esportivos. Bandeiradas dadas à(ao):

Brasileirão
Começou ontem, após semana conturbada pela absurda discussão do regulamento elaborado ainda no ano passado.

Artilharia
Keirrisson desencantou na bela virada do Alvi-verde paulista sobre e paranaense e já deponta como um dos candidatos ao título de golerador do campeonato. Seria o Bi do promissor atacante.
Nilmar, que vem de Porto Alegre ao Pacaembu, acabou de deixar sua marca e lembrou o blog que é também candidato à artilharia. E que gol, a defesa do Corinthians vai procurá-lo por pelo menos uma semana.
Washington, tem faro de gol. Pedrão teve, no mínimo estrela. Fred, Adriano e Kleber Pereira devem ser lembrados.
A briga promete ser boa.

Rumo ao Tetra
Com visita do Capitão Rogério Ceni ao CT neste sábado, o Tricolor paulista vai ao Maraca enfrentar o Flu. Enquanto escrevo, Marquinho desferiu um tiro mortal no ângulo de Bosco, mostrando que mais um título São Paulino não será fácil.

Lusa
Com empate sem gols com o Vila Nova, a Portuguesa de Desportos iniciou a via cruscis da Série B. Boa sorte ao time de Bonamigo e de Manoel da Lupa.

NBA - Virada dos Lakers
No Toyota Center, os Lakers retomaram a vantagem de quadra, impondo aos Rockets uma derrota de 108-94, com grande atuação de Kobe Bryant (33 pts, 6 rbs, 3 ast, 2 stl e 3 blk).
Yao Ming saiu de quadra sexta com uma entorse no tornozelo e terminou a tarde sábado com uma fratura no pé. Está fora desses Playoffs, assim como os Rockets que, sem ele, não são páreo para os Lakers.

GP de Barcelona - Button, Barricchello e Massa
Button tem 3,5 vitórias em 4,5 corridas. É, claramente, o virtual campeão da temporada, com 14 pontos de vantagem sobre o vice e companheiro de Brawn GP.
Barricchello ou todas as suas equipes parecem querer dar razão à Hortência. Com uma estratégia de 3 paradas, perdeu para Button a liderança conquistada na largada e conquistou, definitivamente, a posição de 2o piloto da escuderia estreante.
Massa conquistava seus primeiros 5 pontos da temporada até que a Ferrari resolveu voltar à normalidade e cometeu inaceitável erro de abastecimento. Obrigado a reduzir o consumo para completar as 66 voltas, o brasileiro quase perdeu a 6a colocação para o alemão Nick Heidfeld.

Copa Davis - rumo à série Mundial
Em Tunja, na Colômbia, o Brasil tem, até agora 4-0 no confronto. Com duas vitórias de Bellucci, uma emocionante nas duplas com Sá e Melo e uma do estreante Franco Ferreiro, garantimos a classificação para a repescagem do Grupo Mundial em setembro.

7 Anos de Idade

Não me recordo muito bem do que fazia quando dos meus 7 anos. Sei que chorava ao chegar à escola, queria ir embora, queria que minha mãe fosse me buscar. Mas não me lembro de mim, do que pensava, do que gostava.

Acabei de assistir, em meio a interminável madrugada, a apresentação de Adriano no Fla. [ôôÔô! o Imperador voltou...]

Diz ele que o Mengo é sua casa, onde conheceu a bola e deu seus primeiros chutes, com 7 anos. E que pra lá voltou em busca do reencontro com a felicidade.


Sabe-se lá se o Imperador tem lembranças de seus 7 anos. Certamente, sabia que morava na Vila Cruzeiro, que a família era pobre. Deveria saber, também, que queria ser boleiro.

Mas será que sabe que tem agido ainda como um garoto de 7 anos, deslumbrado pela fama e pelo dinheiro que conquistou no mundo do futebol?

Adriano se diz feliz de voltar ao Mengão. Mas será que está feliz o suficiente para jogar futebol? Ou a suposta felicidade se resume à Vila Cruzeiro, baladas, diversão e prazeres?

Espero que o Flamengo e a nação rubro-negra possa colocá-lo de volta no caminho do futebol e do profissionalismo.

Pelo bem do futebol e do Flamengo. E dele mesmo.

Domingo eu fui ao Maracanã

Não, não fui torcer para o time que sou fã. Fui conhecer a magia do “maior do mundo” em dia de final. E não era uma final qualquer. De um lado, a supercampanha do Botafogo, que era azarão sem suas principais estrelas – Maicossuel e Reinaldo. Do outro, o Flamengo.

Ah, o Flamengo.

O Flamengo não é apenas um time. Não torço para ele, que fique bem claro. Mas sua torcida é algo impressionante. Ocupando aproximadamente 80% das quase 85 mil pessoas que assistiram à final, a nação rubro-negra é um espetáculo à parte.

Que torcida é essa!

Homens, mulheres, crianças e uma massa que empurrou a equipe para o título. Salários atrasados, técnico estigmatizado pelo vice, nada importava. O canto Vamos Flamengo ecoava pelo Estádio do Maracanã, arrepiando quem quer que fosse.

E o que falar do jogo, digno de final, o mais emocionante do país. Quando o caixão da estrela solitária parecia lacrado depois de dois a zero contra, perdendo um pênalti (com excelente defesa de Bruno), o Botafogo reagiu. Fez dois gols em dois minutos e incendiou a peleja.

O Flamengo tentou se recuperar, mas o recuo no início da segunda etapa fora fatal, e a decisão – para deleite daqueles que admiravam o espetáculo como eu – foi para os tiros livres da marca da cal.

Bruno brilhou.

Cuca venceu.

E o Flamengo foi pela 31ª vez, campeão do Estado do Rio de Janeiro. E a torcida deu mais um show, homenageando o time, o técnico, o capitão Fábio Luciano – que se aposenta no auge – e o próprio espetáculo, levantando poeira.

Em tempo, parabéns ao Corinthians, ao Cruzeiro, ao Atlético-PR, ao Internacional e a todos os campeões estaduais. Não acho que seja tanta coisa, nem o carioca, mas cabe o Parabéns!

Tem coisas...

Coisas que só acontecem com o Botafogo.

Frase batida, mas que muito bem explica o ocorrido com o Time da Estrela Solitária na(s) decisão(ões) do Carioca.

O Bota teve 2 chances para levar o título para General Severiano. E em nenhuma delas conseguiu: perdeu a Taça Rio e, depois, perdeu a final, nos pênaltis, após 2 jogos surpreendentes.

O Bota que, após assumir o jogo e empatá-lo, resolveu devolvê-lo ao Fla, e por pouco não sofreu um gol antes dos penais.

O Bota que, perdendo de 2 x 0 no 1o. tempo e jogando mal, foi pra cima do Fla após o intervalo e empatou o jogo.

O Bota que perdeu o craque e artilheiro do Carioca machucado durante o 1o. duelo das finais.

O Bota, quando ganhava o 1o. jogo da final, teve um gol contra de pura infelicidade de Émerson, já aos 39 minutos do 2o. tempo, que empatou a partida para o Fla em 2 x 2.

O Bota sofreu, na final da Taça Rio, gol contra de Émerson, também de pura infelicidade, ficando o título do returno com o Fla.

O mesmo Bota que atropelara o Vasco por 4 x 0 nas semis da Taça Rio e dava a entender que levaria o returno.

O Bota que levou com folgas o título do turno, por 3 x 0 sobre o Resende na Taça Guanabara.

O Bota que, por mais incrível que pode parecer, perdeu para o técnico Cuca, conhecido por ter pé-frio e exaltado por assumir suar frio.

É, tem coisas.