quinta-feira, 30 de julho de 2009

Vai Brasil! [2]

Inacreditável.

Não bastassem os históricos desempenhos dos nadadores brasileiros em Roma, a 1000km dali, os tenistas brasileiros Marcos Daniel e Thomaz Bellucci estão jogando o fino do tênis no saibro suiço de Gstaad.

Ontem, enquanto Felipe França era prata em Roma, Bellucci virava para cima do lucky loser Michael Lammer e Marcos atropelava o 39o. do mundo, Paul-Henri Mathieu, na segunda rodada do torneio suiço.

Já hoje, após o recorde mundial de César Cielo na no Foro Itálico, os tenistas brasileiros fizeram duas belas partidas na Roy Emerson Arena. Marcos Daniel bateu o francês Julien Benneteau por 2 a 0, com parciais de 6-3 7-6 (8).

Thomaz Bellucci foi melhor ainda: venceu o cabeça-de-chave número 1 do torneio, e 18o. do mundo, o suiço Stanislas Wawrinka, com um duplo 6-4.

Se amanhã poderemos continuar nossa torcida pelos nadadores em Roma, o mesmo poderemos fazer com os tenistas no ATP 250 de Gstaad. Nas quartas-de-finais, Marcos Daniel e Thomaz Bellucci enfrentarão, respectivamente, Nicolas Kiefer e Florent Serra.

Curiosamente, as piscinas do Mundial de Desportos Aquáticos estão instaladas sobre o saibro do Foro Itálico, onde Guga consagrou-se o Rei de Roma.

Vai Brasil!

Quarta e quinta-feira especiais para o Brasil, em Roma.

Se ontem Felipe França conquistou o vice-campeão mundial dos 50m peito, com o tempo de 26s76 (!), a apenas 9 centésimos do recordista mundial Cameron Van der Burgh; emocionou o País ao ajoelhar e chorar no pódio; e entrou para a história da natação brasileira como o primeiro medalhista em mundiais no estilo peito, hoje quem fez história no Foro Itálico foi César Cielo.

Cesão, como é conhecido entre os amigos, sagrou-se hoje Campione del Mondo nos 100m livre e baixou em 14 centésimos antigo recorde mundial, do australiano Eamon Sullivan (47s05). Muito mais do que a melhor marca da história na prova, Cielo foi o primeiro a nadar a distância em menos de 47s.

Até mesmo Michael Phelps admitiu que ao ver César Cielo nadar sabia que nem ele nem ninguém conseguiria bater o brasileiro.

Atual campeão olímpico dos 50m livre, o ouro olímpico foi conquistado após a medalha de bronze nos 100m. Do que será que Cesão é capaz 50m livre após título e recorde mundial dos 100m?

As eliminatórias dos 50m começam amanhã e nossa torcida pelo Brasil, por Cesão continuam.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Lendário.... Simplesmente assim

Lendas geralmente se tornam lendas depois que morrem. Depois que param de fazer o que mais sabem, o que com perfeição sabem fazer. Hitchcock é um lendário Diretor, que fez suspenses como ninguém. Ayrton Senna foi um piloto lendário de F1; infelizmente se foi a bordo de um dos bólidos que sempre amou dirigir. Pelé é uma lenda do futebol, pois depois que parou, ninguém mais conseguiu fazer tanta diferença no jogo como ele. Franklin Roosevelt ganhou status de lenda pois elevou o quase quebrado Estados Unidos à uma potência nuclear vencedora da segunda guerra.

Dia 23 de agosto, presenciaremos uma lenda em ação.

Contrariando muitas expectativas, a Ferrari anunciou hoje que o multicampeão e recordista Michael Schumacher substituirá Felipe Massa na corrida pelas ruas de Valência, na Espanha. O Grande Prêmio da Europa, que está perdendo Alonso pela suspensão da Renault, ganha uma lenda.

Schumi definitivamente não tem nada a perder. Gosta de correr, é competitivo e a Ferrari demonstra sinais de que está evoluindo no certame. Numa pista de rua, com slicks, KERS e o caramba a quatro, o alemão dará trabalho. E se não der, quem liga. Ele não tem um currículo a manchar. O currículo é grande e bom demais para isso.

Ele vai se divertir, incomodar os novatos, incomodar Kimi (esse sim, tem de andar na frente de Schumi; está com ritmo de corrida, conhece o carro, a pista, os adversários, o KERS... ainda que não esteja com o menor ânimo, tem que ganhar do heptacampeão), dará a entrevista coletiva da sexta, tentará correr com pouca gasolina se vir que não dá para ganhar, ao menos para fazer a pole.

Dará um show.

Substituirá Felipe da forma que o brasileiro merece!

Welcome back, Michael.

Um se foi, o outro está de volta!

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Enquanto isso...

Enquanto digitava o post anterior, jogavam, no Pacaembu, Corinthians e Vitória o segundo tempo da partida. O time da casa vencia por 2 a 1, e já só se arriscava nos contra-ataques, ao passo que se encolhia sobre a pressão dos baianos, que cansavam de desperdiçar boas oportunidades.

E por falar em oportunidades desperdiçadas, era Roger quem desperdiçava a melhor delas. E da forma mais espalhafatosa possível para um centro-avante. Como costumava fazer nos estádios paulistas, Roger perdia um daqueles gols feitos, feitíssimos: bola rasteira cruzada na pequena área, meio gol aberto e goleiro jogado esticando-se pelo chão. Mas o atacante, meio de canela, meio de joelho, meio de calcanhar do pé-de-apoio desperdiçava a chance de igualar o placar. "Era a bola do jogo", lamentava-se o jogador na saída de campo.

Já Ronaldo, como não é de seu feitio, também mandava nas mãos do goleiro (o ótimo Viáfara - que reflexo no chute à queima roupa de Elias!) uma bola que normalmente mandaria para o fundo da rede com a mesma classe da matada no peito de segundos antes.

Em tempo, pela seleção de lances do SporTV, o jogo foi bem disputado, proporcionando defesas espetaculares de Felipe e Viáfara e ótimas movimentações ofensivas. Os 3 gols que o digam! As belíssimas jogadas, tanto pelos passes de Ronaldo, Douglas e Willian, como pelas finalizações de Dentinho (!), Jean e Apodi mostram qual era a tônica da partida.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Surpresa

Já passava da hora de o São Paulo apresentar um melhor futebol. Não que tenha sido de encantar os olhos, até porque durou apenas um tempo de jogo, porém me os surpreendeu.

Surpreendeu por acontecer atipicamente no segundo tempo, graças acerto de Ricardo Gomes na substituição de intervalo: a entrada de Jorge Wagner, que deu nova dinâmica e ânimo ao meio campo. Desde a chegada, foi a primeira grande mexida do técnico no desempenho da equipe, pelo menos a única em que se lhe fez notar a mão no time.

Mais ainda porque o Tricolor estava em desvantagem no placar, situação em que tende a se perder no jogo e esquecer o significado de organização. Novos méritos para o treinador, que conseguiu manter o time concentrado na partida e consciente do que tinha fazer, que conseguiu motivar os jogadores mesmo com um placar desfavorável e fê-los acreditar numa reação.

A grande surpresa da noite, no entanto, foi o camisa 10 da equipe do Morumbi. Como o São Paulo, não encantou, não foi brilhante como pode ser, mas com certeza teve seu melhor desempenho no ano. A começar pelo gol, logo no início da segunda metade, digno de quem já foi Craque do Brasileirão: um drible milimétrico sobre os defensores colorados e um toque de categoria por cima de Lauro

Hernanes também se destacou defensivamente. Não foi implacável como há um ano, mas conseguiu recompor a defesa após suas investidas ao ataque e ocupou satifatoriamente os espaços à frente da área Tricolor.

O jogador, no desembarque em São Paulo, prometeu melhorar ainda mais e garantiu o crescimento do time na competição.

O fato é que o São Paulo, finalmente, conseguiu fazer um jogo digno, mostrar força de reação e sair de campo, se não satisfeito, de cabeça erguida. Tudo isso porque Ricardo Gomes acertou a mão durante o intervalo, consertou o time, e fez reaparecer em Hernanes e Jorge Wagner traços de bom futebol.

Os Homens do Apito

Definitivamente não é um ponto no qual o Brasil tem tido destaque nos últimos tempos. Apesar de grandes atuações dos homens do apito tupiniquins, são excessivos os erros crassos e grotescos cometidos por esses homens, que de fato, não são profissionais do apito.

Não falo de impedimentos que só são notados depois de 3 ou 4 replays, ou de bolas que batem na mão de atletas a mais de 70km/h. Estou falando de falta de critério, inversão de faltas e etc.

Não me incomoda um erro de impedimento, ainda que ele contribua para o resultado final do jogo (o São Paulo ontem que o diga, penando com dois gols validados pelo árbitro que eram notadamente irregulares) se ele for apertado. Ouvimos de comentaristas de arbitragem que "o joelho estava à frente do zagueiro, e isso caracteriza impedimento", mas isso é complicadíssimo até para quem está vendo com o auxílio de várias cameras. Eu sempre ouvia que na dúvida, deve-se dar prosseguimento ao lance; na dúvida, pró-gol.

Desse modo, a profissionalização da arbitragem traria benefícios incomparáveis ao futebol. Vou voltar ao jogo entre Inter e São Paulo no Beira-Rio. O trio de arbitragem conseguiu errar nos dois gols do Inter (validando impedimentos muito fáceis) e ainda deu um penalti inexistente para o São Paulo (que Washington perdeu), seria para compensar?

Os juízes não conseguem manter um critério. Falta é falta em qualquer lugar do campo. Cartão amarelo a mesma coisa, e vermelho nem se fala. A compensação é presente em TODOS os momentos, de modo que depois de errar, o juiz erra de novo, criando um efeito dominó, ou uma bola de neve! Cartão para atleta que cai na área é até válido, mas geralmente é apenas para satisfazer a maldita síndrome de pequeno poder, largamente presente na arbitragem.

Mas a culpa não é só deles. É também dos dirigentes da bola que não dão condições adequadas de trabalho a essas pessoas, que fazem dos juizes seus marionetes para atingir seus objetivos, que colocam no árbitro a culpa de seus fracassos, de seus erros, de suas cagadas.

Que se profissionalize a arbitragem. Se temos o melhor futebol do mundo, não tem porque não termos a melhor arbitragem

terça-feira, 21 de julho de 2009

Muricy no Palmeiras!

Sim! A novela terminou, no momento menos esperado e com um desfecho muito além do surpreendente.

Esse pode ser um daqueles momentos em que o um time faz a grande jogada do ano, trazendo um novo contratado de peso, que pode mudar a cara do time. Mas pode ser que o tiro saia pela culatra...

Justamente quando Jorginho se firmava no comando da equipe alvi-verde e sua efetivação já era defendida pelo grupo de jogadores, a diretoria chegou a um acerto financeiro com o ex-comandante são-paulino. E aqui pode estar o grande erro da diretoria palmeirense, de tirar do comando o preferido dos jogadores, com quem se identificavam, substituindo-o por um técnico reconhecido por ser muito exigente.

Além disso, Jorginho foi substituído em ótimo momento do time, o melhor no campeonato. Estava ainda invicto e o aproveitamento era invejável: 10 pontos em 12 disputados.

Muricy, por outro lado, tem uma faceta parecida com a de Jorginho: de ex-jogado; e chega credenciado pelo tri-campeonato brasileiro no comando técnico do rival tricolor. Mais ainda, Muricy Ramalho ganhou 1 título por ano desde 2001, quando ainda comandava o Náutico. É, inegavelmente, um vencedor.

Jorginho permanecerá na comissão técnica, como auxiliar e ainda comandará o Palestra no clássico contra o Corinthians.

Somente as próximas semanas ou os próximos meses poderão nos dizer se o time de Belluzzo acertou na contratação do técnico.

Fast Ball!

A ausência é injustificável, mas o tempo tem sido curto nesse fim de Julho.

Farei hoje, mesmo assim, passagem rapid(íssim)a em meio a madrugada de 2a. para 3a. feira.

No último sábado, em jogo pela MLB, o jogador do San Diego Padres, Edgar Gonzalez, foi atingido na cabeça por uma bola arremessada pelo pitcher Jason Hammel, do Colorado Rockies. A fast ball do arremessador atingiu a velocidade de 93 mph, algo próximo de 150km/h.

O vídeo, já no You Tube, é impressionante e pode ser conferido logo abaixo neste post.



Você já imaginou um objeto duro como uma pedra, com cerca de 150 gramas, atingir sua cabeça à 150km/h? Não!? Nem queira!

Após a bolada, o 2a. base dos Padres precisou de ajuda para sair de campo e foi direto para um hospital, onde ficou internado para exames e observação. Por sorte, nada de pior lhe aconteceu: logo Gonzalez já terá de volta a audição total de seu ouvido esquerdo.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

A rodada

Enquanto meu companheiro não posta nada, posto eu. Deve estar preocupado com o São Paulo, que apesar de vencer o clássico SanSão, não convenceu. Contudo, se bater o Colorado em Porto Alegre, pode conseguir a calmaria necessária para Ricardo Gomes implementar seu trabalho. Já o Santos, quem sabe engrena com Luxemburgo.

Um rebaixado já está definido, é o Náutico, que conseguiu tomar 4 gols de Val Baiano (presente no meu time do Cartola), e perdeu por sonoros 4 a 0 do Barueri. Ótima campanha do time de Alphaville, aliás, que está em quinto lugar! Deve brigar pela sulamericana.

Outro rebaixado será um time do Rio, se não se cuidarem. O Flu perdeu no Rio de Janeiro para o Goiás, que também não vinha bem. Mais que isso, foi goleado, e amarga um dos lugares da degola. O Botafogo tinha tudo para vencer o clássico no Maracanã, mas o Flamengo empatou a peleja no finzinho e deixou o alvi-negro lá embaixo.

Não acredito no descenso cruzeirense, mas é melhor começar a ganhar. Ano passado o Flu penou para sair lá de baixo e não conseguiu nada de muito bom no campeonato. A vitória do Corinthians, ainda que com um homem a mais desde a metade do primeiro tempo, apenas corroborou meu último post (lembrando que o amarra-meio Douglas não jogou e que Ronaldo guardou o dele).

O Sport também precisa começar a abrir os olhos. Perder em casa até pode, mas não para o Avaí, que com a vitória na outrora Bombonilha, saiu da degola. Dos nordestinos, ainda faltou o Vitória, que se manteve na Sala de Embarque da Libertadores, mesmo com o empate sem gols em casa, frente ao líder Atlético Mineiro.

Atlético Paranaense e Coxa não conseguem engrenar no campeonato. Prova disso é o chocho empate na Kyocera Arena, sem gols. Finalmente o Palmeiras, que bateu o Santo André pela contagem mínima e teve o gostinho da liderança por um dia. Os jogadores estão jogando por Jorginho, tanto que já estão cobrando postura da Diretoria. Vejamos cenas dos próximos capítulos.

Sobre o GreNal do século, os 15 anos do Tetra e os 40 anos da "ida" à Lua, escrevo daqui a pouco.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Ronaldo e o Corinthians

Ronaldo já balançou as redes cinco vezes neste campeonato brasileiro. Três contra o Fluminense e mais duas ontem frente ao Sport. Marcou outras três na Copa do Brasil e oito durante o Campeonato Paulista, perfazendo um total de 16 gols. Alguns em jogos decisivos, outros decidindo partidas.

No campeonato brasileiro, o camisa 9 do Corinthians, entrou em campo 5 vezes, o que lhe dá a incrível média de 1 gol por jogo! No geral, ele jogou 24 vezes pelo Corinthians, com os já contabilizados 16 gols (a cada 3 jogos, ele marca em 2!).

O detalhe é que não é apenas Ronaldo que tem jogado bem, mas toda a equipe do Corinthians. Besteiras do treinador à parte, o time encaixou. Os dois atacantes abertos - Jorge Henrique e Dentinho - dão trabalho extremo às defesas adversárias, que, preocupadas com os dianteiros, se esquecem de quem vem de trás: André Santos, Elias, Douglas.

O ataque do Corinthians é muito eficiente, sobretudo por estar resguardado por ótimo sistema defensivo. A dupla de zaga e de volantes são das melhores que jogam hoje no país. Alessandro cumpre papel tático com excelência, e André Santos, sabendo de suas necessidades táticas também fecha na defesa quando preciso.

Dessa forma, com solidez na defesa, o Corinthians consegue atacar com propriedade. A bola chega fácil à frente, e de muitos lados. Pela direita, pela esquerda, pelo meio, por trás dos atacantes. Elias chega à frente, como fez o gol contra o São Paulo no Paulistão. André Santos nem se fala, tanto que chegou à Seleção brasileira por seu potencial ofensivo. Não se pode esquecer que se o negócio apertar, é só jogar a bola para o Fenômeno que ele resolve. Tem resolvido.

Se Douglas parar de amarrar o jogo - não o vejo como tão magistral; ele amarra o jogo, segura contra-ataques e muitas vezes não passa a bola para quem está melhor colocad0 - o Corinthians tem tudo para deslanchar e levar, porque não, o Campeonato Brasileiro também. Só falta completar um pouquinho o elenco (a chegada de Edu é uma excelente soma à equipe), não deixar desmanchar (brilhantes palavras de Elias, que disse que quer ficar), que o Corinthians vai dar trabalho.

Para os times brasileiros, e da América do Sul.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

E não foi dessa vez....

Que um time brasileiro foi campeão da Libertadores, jogando no Brasil contra um time argentino. A "maldição" que tem assolado as equipes brasileiras desde 1994 - quando o São Paulo foi derrotado no Morumbi para o Vélez Sarsfield - se confirmou novamente. Santos, Palmeiras e Grêmio já tinham presenciado a força argentina em seus domínios frente ao Boca Juniors. Isso sem contar os fracassos de Fluminense frente a LDU e São Caetano contra o Olímpia.

Times brasileiros só venceram a Libertadores nos últimos anos quando jogaram contra... Clubes brasileiros! Poderia creditar esses acontecimentos a grandes esquadras portenho-platinas, mas não é isso que ocorre. As equipes brasileiras sentem muito quando são golpeadas. Não é uma questão de se amedrontar, é realmente sentir o golpe.

Ontem o Cruzeiro era melhor em campo. Não cedia às pressões da catimba do Estudiantes e fazia valer os seus interesses no jogo. Era um time duro, que conseguiria cedo ou tarde seu gol. Fez um primeiro tempo tranquilo, apesar de não conseguir marcar. Começou o segundo tempo - atrasado pelo Estudiantes - e o Cruzeiro finalmente conseguiu. Um gol de Libertadores. Henrique arrisca de fora da área, a bola desvia em Desábato e pega o titular da meta da seleção argentina, Andujar, no contrapé.

Infelizmente o time de La Plata não demorou a empatar. Alguns minutos depois, Cellay mandou para as redes de Fábio. A Raposa sentiu o golpe. O jogo voltara para a condição anterior, mas o Cruzeiro já não via com esses olhos. Os hinchas do Estudiantes cantavam sem parar (pudemos verificar ainda melhor isso ao fim da partida), e a equipe argentina não tardou a virar num gol de escanteio. Nesse período, o Cruzeiro sequer chegou ao gol de Andujar.

Se com um gol o Cruzeiro sentiu o baque, quando veio o segundo virou desespero. Kleber foi muito bem marcado pelos argentinos, assim como Ramires. W. Paulista teve chance e não aproveitou. Fábio não conseguiu repetir as atuações do Ciudad de La Plata.

O Estudiantes veio ao Mineirão e venceu. O Estudiantes vai à Dubai enfrentar o Barcelona.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Palestra Itália

Esse era o nome do time fundado em 1921 na cidade de Belo Horizonte. 21 anos depois, por força da política, a agremiação teve de trocar de nome. Preferencialmente para algo que remetesse ao Brasil. Surgiu o Cruzeiro Esporte Clube.

Dono de 35 Campeonatos Mineiros, um Campeonato Brasileiro, 4 Copas do Brasil e duas Libertadores da América, o time azul entra hoje em campo para fazer história. Diminuir a diferença de títulos entre equipes brasileiras e argentinas, garantir passagem para o Mundial de Abu Dhabi e de quebra se tornar a segunda equipe nacional a ser três vezes campeã da Taça máxima da América do Sul.

Torço para a equipe das estrelas, a Raposa, o time que outrora teve Tostão e Dirceu Lopes, Dida e Palhinha (2x), Alex, Parfumo e muitos outros. O Cruzeiro tem mais time que seu rival de La Plata. O Cruzeiro tem Fábio, que vem operando verdadeiros milagres. O Cruzeiro é brasileiro!!*
Adílson Batista tem tudo para levantar o caneco e repetir o que fez em 1995 como capitão do Grêmio – outro time celeste. Kléber, Fábio, Ramires e companhia têm tudo para fazer história, que do último, aliás, termina hoje, com sua última partida pelo Cruzeiro. Quero muito ver** o time azul fazendo história!

Vamos Cruzeiro, vamos vamos a ganhar!!

* Não nego que admiro o futebol argentino, sua raça, vontade, gana de vencer. E é exatamente isso que pode complicar as coisas para a Raposa. Raça e catimba não faltam aos hermanos, e nem técnica! “La Brujita” Verón pode comprovar isso. Mas hoje é diferente. A frase pode ser batida, mas o Cruzeiro é Brasil na Libertadores!!!

** De fato tentarei. A Globo – responsável pela transmissão da Libertadores – passará em rede nacional o duelo entre Palmeiras e Flamengo, válido pelo Campeonato Brasileiro da Série A. Inegável é o tamanho das duas torcidas e a audiência que será gerada. INQUESTIONÁVEL é o tamanho do (i) Cruzeiro, da (ii) Libertadores da América, da (iii) finalíssima desse certame.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Vive la France!

No 7 de setembro francês, a França não tem nada a comemorar. Pelo menos não no Tour de France, a mais importante competição do ciclismo mundial.

Hoje, 14 de julho, ocoreu a 10a. etapa de la Grande Boucle, entre as cidades de Limoges e Issoudon. Marcada pelo protesto dos ciclistas contra a proibição dos fones de ouvido, as equipes provocaram um atraso no percurso de 194,5km da etapa, o que irritou profundamente o diretor do prova, Christian Prudhomme.

Além disso, ao término da etapa vencida pelo britânico Mark Cavendish, não se podia encontrar nenhuma ciclista do país entre os 5 primeiros colocados da classificação por pontos, muito menos entre os 10 da classificação geral.

A França contenta-se com a liderança por equipes da AG2R La Mondiale, do italiano Rinaldo Nocentini - atual líder da classificação geral e dono da camisa amarela. Mas o ciclista italiano vem sendo seguido de perto pelos monstro da bicicleta Alberto Contador e Lance Armstrong, ambos da equipe Astana, apenas 6s e 8s atrás, respectivamente.

E, ainda, a liderança da equipe francesa tem seus dias contados. Somente 3s à frente da vice-líder Astana, a equipe tem um único representante entre os 10 primeiros na classificação geral: o italiano Nocentini, com a camisa amarela desde a 7a. etapa.

O Brasil, por outro lado, tem muito a comemorar hoje. A o dia da Queda da Bastille é também a data que marca a única vitória brasileira na Volta da França. Foi em 1991, há exatos 18 anos, que o curitibano Mauro Ribeiro conquistou a 9a. etapa da competição, no percurso de 161km entre Alençon e Rennes.

Estamos a 11 etapas da chegada dos ciclistas à l'Avenue des Champs-Elysées e Lance Armstrong continua na briga pelo seu 8o. título do Tour. Será que a lenda americana conseguirá mais uma vez se superar?

domingo, 12 de julho de 2009

Universiade - O desempenho brasileiro

Infelizmente a televisão brasileira não nos ofereceu a devida cobertura das olimpíadas universitárias, passando praticamente desapercebida por nosso País.

A competição, realizada este ano em Belgrado (Sérvia), iniciou-se no dia 30 de junho, tendo seu final hoje com as disputas de Pólo Aquático e Atletismo.

O desempenho brasileiro nesta edição foi decepcionante, para não dizer pífio. Se em 2005, na Tailândia alcançamos o 29o. posto no quadro geral de medalhas com 10 medalhas (1 ouro - 3 pratas - 6 bronzes), dessa vez subimos 3 degraus mas conquistamos 4 medalhas a menos (2-2-2).

Como se vê pela quantidade de medalhas, a performance de nossos atletas foi consideravelmente mais fraca do que há 2 anos, mesmo que isso tenha representado uma subida no quadro de medalhas pelo ouro a mais.

As medalhas douradas foram conquistadas no Taekwondo, com os já conhecidos Diogo e Natália Silva, ambos com participações em Olimpíadas.

As pratas vieram da Natação, com o recordista mundial (sim, ele não venceu!) dos 50m peito Felipe França, e do Volei Masculino - única modalidade coletiva brasileira a conquistar medalha na competição.

Por fim, os bronzes vieram do Atletismo, com o olímpico Fabiano Peçanha nos 800m e o chorão Moacir Zimmermann na Marcha Atlética de 20km.

Em 2011 (a competição é realizada bianualmente), a Universiade ocorrerá em Shenzen, na China, durante o mês de Agosto. Até lá, a delegação brasileira terá um bom período de preparação, para que obtenham melhores resultados. Além disso, espera-se que a CBDU ofereça melhores condições aos atletas e maior apoio ao esporte universitário.

Copa Davis [3]

O saibro em Porec foi escolhido por Goran Prpic, o capitão croata. Se mostrou a escolha mais certa para calar este blogueiro e derrubar a equipe dos Estados Unidos. Falei da tradição americana, mas me esqueci do título dos croatas em 2005 numa histórica final contra a Eslováquia, que fez o primeiro campeão da Davis que não era cabeça de chave. O desconforto dos Estados Unidos no saibro era maior que o dos croatas, e Cilic e companhia só não conseguiram derrubar os irmãos Bryan (por completo, pois Bob fez o último jogo de simples, aquele que só cumpre tabela, e bateu Karanusic).

Como meus palpites foram quase que totalmente errados (só acertei a barbada Espanha, e ainda no sufoco), Israel passou pela Rússia nas duplas e agora chega à semifinal contra a Espanha fora de casa. Possivelmente será num saibro tão pesado como o usado contra a Alemanha, no qual os espanhois só conseguiram a vitória com Ferrero (!) no quinto jogo. Pesou a experiência do espanhol, que vem de quartas-de-final em Wimbledon.

Finalmente apareceu Stepanek no quinto jogo e Monaco não aguentou. A finalista em 2008 Argentina está fora da Davis. Del Potro foi realmente um cavalo em suas duas partidas de simples, e a velha teoria de que aqueles que organizam o time argentino da Davis não conseguem ver o jogo ressurge novamente. Porque não colocar o número 5 do ranking da ATP no jogo de duplas? Ou, já que era pra poupá-lo, porque não trazer um duplista para jogar? Pesaram Stepanek e Berdych que conseguiram levar o confronto para os tchecos, que agora visitarão os croatas por vaga na finalíssima da Davis.

A Espanha será bicampeã.

E ninguém cala......

Esse chororô.

Agora é assim, corrida sim e outra também, o ilustre piloto-com-maior-número-de-grandes-prêmios-na-carreira Rubens Barrichello reclama de alguma coisa. Na Espanha foi a estratégia, que mudaram para Button vencer sem avisá-lo. Agora foi a equipe que "deu show de como se perde uma corrida" [sic] segundo o piloto brasileiro.

Particularmente sou so time dos que acredita que não há complô, conspiração ou nada do gênero contra Rubens. Ele simplesmente não teve a competência necessária para vencer hoje na Alemanha. Fez belíssima largada, que gerou inclusive punição ao posterior vencedor do certame, Webber. Fez também um belo primeiro stint, parando junto com o drive through do australiano.


Na volta dos boxes, o brasileiro ficou atrás de Massa (que merece muitos aplausos pela excelente corrida que fez com a carroça vermelha de Maranello). Rubens tanto reclamou da equipe - que de fato errou no segundo pit com a mangueira de combustível, e o fez perder 5 segundos - mas na hora que precisava andar forte empacou atrás de Felipe. Tinha que ter passado. Se seu carro estava mais rápido, que desse um jeito. Ah, mas a Ferrari tem KERS - dirão alguns. Então que se coloque o KERS na Brawn. Enfim, se o carro estava mais rápido (estima-se que Rubens tenha perdido de 1 a 2 segundos por volta atrás de Massa), tinha que ter passado. A Red Bull quando precisou, passou.

E aí a inversão de posições era natural. Ainda que Barrichello não quisesse, era notório que isso ocorreria. A evolução da equipe austríaca é enorme. Os carros de Vettel e Webber tendem a destruir na segunda metade da temporada, e para Button, qualquer pontinho poderá fazer a diferença. Para a sorte do piloto inglês, o alemão e o aussie parecem estar disputando entre si ainda, e podem dar um respiro ao líder do campeonato.

Barrichello de quebra reclamou mais do que deveria, se queimou e ainda levou um pito do dono do time. Brawn - com muita propriedade - disse que é impossível alguém vencer uma corrida fazendo apenas a XIa. melhor volta. Fato. Disse também que as declarações de Rubens eram de um piloto frustrado. Fato.

É melhor Barrichello parar um pouco de reclamar, andar na frente de seu companheiro e vencer uma corrida. Quem sabe assim ele ganha respeito, tenta de novo no ano que vem, e evita ser mandado embora do time.

Em duas semanas tem corrida na Hungria. Pista travada, estreita, sem pontos de ultrapassagem. A Brawn tem se dado bem nessas condições. Costuma estar calor. Outro ponto para o time amarelo-marca-texto.

Já volto para falar da Davis.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sofrível

Depois de descobrir as maravilhas do live streaming e começar a acompanhar os mais variados esportes via internê, hoje tirei minha tarde para assitir ao confronto entre Croácia e Estados Unidos no saibro de Porec.

A Croácia com os sacadores Karlovic e Cilic e os EUA com Blake e Fish têm feito jogos nada mais que sofríveis. No 1o. duelo do dia, entre Ivo e James, quase 4 horas de marasmo. Num morno jogo de 5 sets, a parte mais vibrante foi a vitória do croata - seja pela comemoração do vencedor, seja pelo alívio do fim do jogo.

A partida seguinte não fica atrás: até este instante o americano Mardy Fishsaca no 4o set liderando a partida em 2-1, mas a decisão do jogo ficará para o 5o., após Cilic fechar este set que vence por 5 a 1.

A tônica de ambas as partidas é a mesma: pouca, ou nenhuma, emoção e lances sem grande brilho. Na terra batida onde Nadal sagrou-se Rei com pontos intermináveis, defesas, contra-ataques, bolas anguladas desequilibrando o adversário, os americanos e os croatas limitam-se a curtíssimas trocas de bolas, games excessivamente longos e poucas (põe poucas nisso) quebras de serviço.

E a pergunta que não quer calar:

Quem teve a brilhante idéia de levar esse confronto pro saibro?

Copa Davis [2]

Vou parar de palpitar. Robredo perdeu no saibro de Marbella para Kohlschreiber por 3-0 e Verdasco penou para ganhar de 3-2 de Beck. Espanha 1-1 Alemanha.
O saibro é mesmo desconfortável para os americanos. Blake perdeu por 3-2 de Karlovic na Croácia, e agora torce para Fish que está enfrentando Cilic.
Israel ganhou as duas simples e está virtualmente na semifinal. Zebra saltitando em Tel Aviv.
A Argentina mostrou dificuldades com a quadra tcheca, mas a qualidade de seus jogadores prevaleceu. Monaco deu trabalho a Berdych, levando ao 5o. set o jogo. Del Potro passou sem problemas por Minar em sets diretos.
Sigo com meus palpites. Espanha, Estados Unidos, Rússia (!) e Argentina. Veremos.

Sem Acerto

Durante essa madrugada, o presidente palmeirense Luiz Gonzaga Belluzzo informou em seu Twitter que seu clube não chegara a um acordo com Muricy Ramalho e, assim, chegavam ao fim as negociações.

Ao que tudo indica, o acerto esbarrou em números. O Palmeiras não estava disposto a pagar o valor pedido pelo técnico tri-campeão brasileiro e vai ter de se contentar com o Plano B (ou C, D).

PVC diz em seu blog que o alvo, agora, é Dorival Júnior, atualmente no Vasco da Gama. O Alvi-Verde paulistano, por sua vez, resolveu alterar a estratégia e silenciar-se. Quem sabe assim não dá certo?

Azar para o Palmeiras, que fica sem o grande técnico que é Muricy, e sorte para a consciência tricolor, que não pesará por tê-lo liberado a um grande rival.

O grande acerto no Parque Antártica seria testar o até-agora-satisfatório Jorginho.

Piscinas

Phelps bateu, novamente, um recorde mundial. Até aqui, nenhuma novidade. Mas dessa vez foi nos 100 m borboleta (50s22), marca que ainda não tinha e que, desde 2003, pertencia ao também americano Ian Crocker.

É inacreditável o grande atleta que é o nadador americano, batendo recordes atrás de recordes, somando ouros e mais ouros. E mesmo após o escândalo, se assim podemos dizer, em que se viu envolvido, nada abalou sua determinação me melhorar, em ser (o) mais rápido.

A idéia do Tubarão é dedicar-se às provas de 100 e 200m nos estilos livre e borboleta, por isso tem treiando para tornar-se velocista. Imagino, nessas horas, o que pode esse monstro fazer com a rotina de treinos voltada pras provas mais rápidas. Das 4 provas acima, só lhe falta o recorde dos 100m livre, que não duvido estará logo sob o nome de Michael Phelps.

Por falar em velocidade, César Cielo cravou hoje o 2o. melhor tempo do ano nos 50m livre (21s14), e venceu a Final B do US Nationals. Logo atrás de Cesão ficou o recordista mundial, companheiro de treinos e francês Fred Bousquet, marcando 21s36.

O brasileiro, agora em fase final de preparação para o Mundial de Roma, tem expectativas de baixar esse tempo na competição. Quem sabe nosso campeão olimpico não quebra o recorde mundial?

O Mundial de Esportes Aquáticos será realizado entre os dias 17 de junho e 2 de agosto, na capital italiana. As provas de natação começam no dia 26 e poderemos torcer em tempo real pela grande delegação brasileira. A SporTV transmitirá a competição, com comentários da mais nova contratada da Rede: a belíssima carioca e ex-nadadora Mariana Brochado (vejam o blog).

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Copa Davis

Passados os grand slams europeus, o tênis se volta novamente para esta grandiosa competição por equipes. Federer que me desculpe, mas acho a Davis mais empolgante que os majors. Um campeonato por equipes, com toda a pressão da torcida, imprensa, modificaçoes táticas entre outras coisas.
Nesse fim de semana temos as quartas de final do grupo mundial de 2009. Não costumo palpitar, mas para comentar a Davis, acho que se faz necessário.
Começando pela barbada entre Espanha e Alemanha. Os times se enfrentam no lento saibro espanhol na Praça de Touros em Marbella, Espanha, cuja velocidade é ainda menor por estar no nível do mar. Ainda que desfalcados de Rafa Nadal, os espanhois têm amplo favoritismo sobre os alemães. Verdasco deve jogar três vezes, mas o número 9 do mundo não parece preocupado. Os tedescos - sem Tommy Haas - não devem incomodar nem com Kohlschreiber (tá certo? quantas consoantes seguidas!), nem com Kiefer. A Espanha passa adiante, 5-0.
As desfalcadas equipes de Croácia e Estados Unidos se enfrentam no saibro (!) croata. Apesar de contarem com exímios sacadores e jogadores de quadras rápidas, os croatas preferiram o piso lento de modo a tirar os americanos de sua zona de conforto. Roddick faria mais falta que Ljubicic ou Ancic, mas seguramente os dois desfalques croatas podem comprometer o confronto. Um ponto para os estadunidenses está garantido nas duplas. Resta saber se Karlovic conseguirá impor seus saques no saibro. Os EUA vão para as semis, 3-2 no quinto jogo!
A República Tcheca recebe a desfalcada Argentina num piso quase nunca utilizado, o que gerou reclamações por parte dos hermanos. No entanto, o maior problema para o time sul-americano é a ausência do lesionado Nalbandian. Del Potro e Acasuso tentarão dar conta do recado, sobretudo por se desconhecer a situação física de Stepanek. As duplas devem fazer muita diferença. Palpite, pela raça, passa a Argentina por 3-2, com vitória garantida no 4o jogo.
Finalmente o escrete de Israel que passou para as quartas batendo a Suécia com portões fechados, recebe a Rússia, na dura quadra indoor de Tel Aviv. É um confronto aberto, pois o time de Israel já passou pela Suécia em relativa zebra. Nunca se sabe o que pode fazer em casa, sobretudo pelo fato de a Rússia estar dem Davydenko. Safin jogando sua última Davis pode fazer diferença. Pela tradição, a Rússia passa em 4 jogos.
Agora só nos resta acompanhar!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Muricy no Palmeiras?

Os boatos têm sido cada vez mais fortes, e o próprio Muricy Ramalho já confirmou manter negociações com o clube Alvi-Verde.

Segundo o técnico, das propostas que recebeu, a palmeirense é a que mais agradou. Não pelo aspecto financeiro, que sabemos nunca foi prioridade para ele, mas pela seriedade do projeto apresentado.

Muricy é um homem do futebol, viveu nesse meio a vida toda, conheco-o como ninguém. Além disso, é discípulo do Mestre Telê Santana e por isso não se deixa encantar pelas propostas milionárias que lhe são feitas recorrentemente. E quer ficar no País do Futebol.

O presidente do Palmeiras, o economista Beluzzo, também conhece os meandros do futebol, e por isso já declarou que Muricy Ramalho é prioridade.

Tudo deve ser acertado ainda no decorrer dessa semana, um grande acerto para o Palmeiras. Talvez a melhor contratação do clube nesse ano. Com Muricy, o time de Parque Antártica deverá disputar o título brasileiro.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Passagem para Abu Dhabi

O Cruzeiro inicia amanhã, na cidade de La Plata sua empreitada na final da Libertadores. Além de uma vaga no Mundial de Clubes, a Raposa quer evidentemente o título da América! Levar a Libertadores faz bem para qualquer time.

É um campeonato duro, pegado, com muitas idas e vindas que não são vistas em outros torneios. Viagens, reveses, pressão de torcidas dentro e fora dos estádios são apenas alguns dos percalços que as equipes – sobretudo brasileiras – encontram nesse certame.

O Cruzeiro chega à final com status de favorito, em minha opinião. Bateu São Paulo e Grêmio nas quartas e na semi com muita autoridade. Ficou bem na primeira fase (no mesmo grupo do rival da final), e por conta disso decide em casa.

O Estudiantes – que recebe o Cruzeiro no Estádio Ciudad de La Plata – já levou a Libertadores em três oportunidades, consecutivamente entre 1968 e 1970. Levou também o mundial de clubes em 1968 ao bater o Manchester United em La Bombonera e empatando em Old Trafford.

Mesmo assim, e com o patético retrospecto brasileiro em finais contra argentinos na Libertadores (3 vitórias em 11 disputas), acredito no Cruzeiro. Kléber “Gladiador” tem jogado muito futebol e pode desequilibrar. Mesmo se Verón jogar do outro lado, o Estudiantes não deve agüentar a equipe azul.

Cabe, no entanto, uma colocação sobre a Gripe Suína. É evidente que foram adotados dois pesos e duas medidas. Que os times mexicanos não deveriam ter sido excluídos, e que se fosse adotado o mesmo critério, o jogo não poderia ser na Argentina. Mas é necessário lembrar que se trata de (i) uma final, (ii) um time argentino (filiado à AFA, filiada à Conmebol) e (iii) havia mais de 50 mil pessoas no Fortín domingo passado, quando da decisão do Clausura argentino.

O Cruzeiro teme a gripe. Lula teme a gripe. O Olé perguntou do Estudiantes. Respondo. Se jogarem o que jogaram contra Grêmio e São Paulo, o Cruzeiro ganha as duas e despacha o time de La Plata.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Pra História

Não há muito que se falar de Roger Federer. A carreira do tenista falar por si.

O feito alcançado pelo suíço neste domingo, na grama sagrada de Wimbledon, é histórico. É uma marca, um recorde, que o suiço tratará de incrementar. E que tivemos (e teremos) o privilégio de acompanhar.

Privilégio complet(íssim)o pelo espetacular duelo travado com Andy Roddick, que finalmente conseguiu ser um rival à altura.

5 sets, 4h16, 30 (!) games no set final, a vibração do vencedor no derradeiro ponto e seu sorriso ao receber o troféu, o choro sincero do decepcionado Andy Roddick e os aplausos de ídolos como Pete Sampras, Björn Borg e Rod Laver. Tudo isso no mesmo dia em que Roger Federer tornou-se o maior vencedor de Grand Slams e, definitivamente, o maior todos.

Inexplicável a sensação de saber ser um privilegiado.

Os outros

Existem eventos esportivos que de fato ficam um pouco à margem, principalmente numa semana recheada de eventos importantes, sobretudo no Brasil.

Então como lembrar da decisão do campeonato argentino numa semana na qual o Corinthians carimbou passaporte para a Libertadores, e que o Cruzeiro garantiu vaga na final da mesma Copa frente ao Estudiantes?


Vélez e Huracán fizeram jogo nervoso no Fortín, território do Vélez. Um gol estranho e duvidoso deu a vitória à equipe que leva o nome de um importante jurista portenho, Vélez Sarsfield. O "Globo" precisava apenas de um empate, mas um gol que deveria ter sido anulado - e isso foi reconhecido pelo próprio árbitro - deu a vitória e o título ao antigo time de Chilavert. Com a conquista, o Vélez se iguala em taças locais ao Racing, e se somarem as internacionais, ao San Lorenzo. O Vélez definitivamente se torna um 'Grande'.

Como se lembrar e valorizar a conquista de Daniel Nestor e Nenad Zimonjic nas duplas em Wimbledon, mesmo torneio que Federer ganhou por 6 vezes e domingo confirmou que é o maior tenista de todos os tempos?!

O canadense Nestor e o sérvio Zimonjic bateram em 4 sets os irmãos Bryan na grama do All England Lawn Tennis and Croquet Club. Nestor/Zimonjic se sagraram bicampeões na grama inglesa. Defenderam o título de 2008 com maestria.

Zimonjic ganhou apenas seu segundo slam como duplista masculino, o segundo Wimbledon. Já levou também 2 Abertos da Austrália e um título em Roland Garros nas duplas mistas.

Nestor por sua vez pode ser considerado um dos maiores nas duplas. Possui um career Golden Slam. Venceu os 4 grand slams, sendo duas vezes em Londres. Sempre com Knowles das Bahamas, exceto os títulos na grama, vencidos com Zimonjic. Levou também a medalha de ouro dos Jogos Olímpicos de Sidney, para o Canadá.
O esporte tem dessas, uns entram para a história e são endeusados. Outros, ficam meio à margem.

domingo, 5 de julho de 2009

Maior de todos

Não tem nem muito o que falar.


Roger "o-maior-da-história" Federer conquistou hoje em Londres seu sexto título em Wimbledon. Conquistou seu 15o torneio de Grand Slam. Se tornou o homem com maior número de títulos em torneios desse calibre.

E o melhor de tudo isso, foi que o jogo foi fantástico.

Se muita gente achava que Roddick era um freguês, e que Federer conseguiria impor facilmente seu jogo, afinal em 20 confrontos o suíço vencera 18, viu no primeiro set o que o americano conseguiria fazer.

E viu no segundo set as chances do mais novo número 1 do mundo se reduzirem drasticamente quando Andy conseguiu abrir 6 a 2 no tie break.

Mas o mundo todo viu a incrível virada de Federer nesse tie break, sua vitória - também no desempate - no terceiro set, a atuação impecável do sacador Roddick no quarto, e um quinto set para entrar para a história.

Em finais de simples masculinas em Wimbledon, foi o set com maior número de games (30!!!) da história. Durou intermináveis 95 minutos. Mostrou uma força mental até então questionada, do suíço.

Terminou com a consagração de uma lenda.

Terminou com a quebra do último dos recordes.

Terminou com a reverência dos maiores do esporte, ao maior de todos!









(da esquerda para a direita, Borg, Sampras, Federer e Laver)





sexta-feira, 3 de julho de 2009

"Bad Boys, Bad Boys...

... what you gonna do when it comes for you?"

Ron Artest acabou de assinar por 3 anos com os Lakers. A contratação faz do time de Phil Jackson fortíssimo, pelo menos na teoria.

A novo jogador de Los Angeles aumenta, e muito, o já altíssimo poder de fogo da equipe, além de somar demais na defesa. Lembremos que foi ele, ao lado de Battie, quem infernizou a vida de Kobe Bryant durante a série entre os Lakers os Rockets, pelas semi-finais da Conferência Oeste. Arrisco dizer que os Rockets tiveram em Artest e Battie os melhores marcadores da estrela-maior de Los Angeles nesses playoffs.

Houve até uma breve confusão entre Kobe e Artest, flagrant foul de um lado, cara feia de outro, delcarações polêmicas de ambos, mas isso já parecem águas passadas. Diz-se, inclusive, que são bons amigos fora da quadra.

Ron Artest é conhecido por ser um dos bad boys da NBA e aqui mora o problema para os Lakers. Se P-Jax conseguir casar-lhe o jogo com Kobe Bryante fazê-los jogar em equipe e para ela, os Lakers candidatam-se novamente ao título da Liga.O Zen Master tem experiência no assunto e deposito confiança que fará deste time dos Lakers mais uma vez vencedor.

A má notícia fica pela saída de Trevor Ariza, cuja participação nos playoffs, e nas Finais, foi decisiva, e que rumou justamente para Houston, antiga casa de Artest.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Atropelamento

Alguém anotou a placa?

Acho que era USA 6-1/6-0...

Dácio Campos definiu como lamentável a falta de disputa, de competição numa semi-final de Wimbledon. Mas lamentável foi mesmo a performance da número 1 do mundo (repito, da líder do ranking mundial), Dinara Safina.

A russa mais uma vez voltará de um Grand Slam sem o primeiro título e com uma decepcionante eliminação. Dessa vez, foi a atual campeão Venus Williams quem a atropelou, deixando inclusive um pneu de medidas 6-0 no 2o. set.

A maneira como Safina tem atuado nos momentos cruciais de Grand Slams tem sido sofrível. Para ela e para nós. Na rodada anterior, a tenista russa cometera 15 duplas faltas e 38 (!) erros não forçados, e classificou-se apenas porque sua inexperiente adversária conseguiu errar mais (!!).

Dinara tem muito a melhorar em seu jogo, em seu saque, mas o que mais precisa é de força psicológica. Chego até a acreditar que umas poucas conversinhas com o irmão mais velho não lhe fariam mal nenhum. Talvez com isso ela consiga ser a vencedora que merece.

Maturidade

A vitória corinthiana foi mais que merecida e representa muito mais do que título em si ou do que a vaga na Libertadores de América 2010. Também não é só a redenção da nação alvi-negra.

Vencer a Copa do Brasil hoje mostrou que o Corinthians adquiriu maturidade, a ponto de não se importar com a pressão psicológica nem com as incipientes investidas Coloradas. Suficiente até para sair na frente no placar por 2 a 0 e, daí em diante, administrar o resultado.

A equipe lapidada por Mano Menezes jogou como gente grande hoje. Não perdeu a cabeça, nem mesmo quando os jogadores do Internacional pareciam enlouquecidos, e soube absorver os gols sofridos no segundo tempo.

Maturidade que faltou ao time da casa. O Inter deveria ser cirurgicamente fatal e não soube aproveitar as chances que teve. Além disso, não apertou a marcação como deveria e concentrou demasiadamente o jogo no centro do campo, esquecendo-se de atacar pelos flancos. Quando viu-se em desvantagem, deseperou-se, não conseguiu fazer a bola correr e apelou para inócuas jogadas individuais.

Sorte da esquadra de São Jorge, que volta para São Paulo com o tri, com a vaga na Libertadores 2010 e cheios de confiança para o restante do ano.

quarta-feira, 1 de julho de 2009

As Copas

Na das Confederações, o Brasil voltou. Voltou a merecer vencer, a mostrar garra, força de vontade e muita dedicação. Por isso virou para cima dos americanos, conquistou o caneco e tornou-se o recordista em títulos da competição, com 3 conquistas em 8 campeonatos realizados.

O futebol do time de Dunga não encanta e nem é genial, mas é eficiente, fato que os números não negam. o técnico (!?) está garantidíssimo na Copa, assim como o próprio time e não deve fazer feio. Com Fabuloso iluminado como está, somos candidatos ao hexa.

Já na do Brasil, amanhã será o grande dia. Se o Inter joga em casa e poderá contar novamente com Nilmar e Kléber, o Corinthians tem André Santos de volta e gigante vantagem de 2 gols. Mas a missão do time gaúcho não é impossível, o Leão da Ilha que o diga.

Na Libertadores, os visitantes viajam com vantagem no placar, o que não significará vida fácil. No confronto platino, o Estudiantes, se marcar, obriga os limitado Nacional a vencer por pelo menos 2 gols de diferença. Entre os brasileiros, o Cruzeiro vai a Porto Alegre e pode perder por 1 gol de diferença que ainda passará à final.

Se no domingo ganhamos uma linda partida e uma espetacular vitória/virada brasileira na Copa das Confederações, a 4a. feira promete outros três grandes jogos de futebol.